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Harry Potter|

Filho da puta

- Enfim, vai mostrar que é útil pra alguma coisa e vai me ajudar na poção? Ou você não sabe fazer isso? - Questiona se distanciando da estante.

- Vai se fuder, me responde uma coisa, como alguém pode ser tão chato, Malfoy?!

- Não sei, me responda você, o insuportável dentro desta sala não sou eu. - Ele diz e sorri sarcástico. - Vamos lá, Potter, preciso de ajuda aqui.

- Mas você disse que já tinha feito tudo, e que só falta o cérebro de salamandra esfriar pra colocarmos na poção.

- Disse, mas você acha que o cérebro esfria sozinho? - Questiona revirando os olhos.

- Sim..?

- Merlin, Potter, vem aqui. - Ele diz e eu vou em direção à mesa com a poção. - Segura isso. - Ele me entrega uma tigela de barro com gelo seco, neve e algum líquido que não consigo distinguir.

- Isso é gelado.

- Jura? - Diz, sínico. - Você tem que segurar direito pra eu conseguir colocar o cérebro no lugar correto. - Diz colocando uma luva diferente.

- Tem um lugar correto? Não é só colocar aqui? - Pergunto e ele me olha como se eu tivesse feito a pergunta mais idiota do mundo.

- Óbvio que não! Potter você não leu porra nenhuma?! - Diz com indignação.

- Claro que li! Foi eu que te disse a lista de ingredientes, Malfoy!

- Foi a Rapha que te entregou, para com esse showzinho.

- Fui eu quem te entregou, não importa como eu consegui!

- Caralho, cala a boca. - Ele diz. - Se concentra na tigela, tá?

Ele pega o cérebro e eu prendo a respiração pra não mexer a tigela sem querer.

- Pron...to! Foi! Agora a gente espera uns cinco dias até ele esfriar totalmente.

- Como a gente sabe se 'tá bom?

- Como você sabe que algo está gelado, Potter?

- Insuportável do caralho. Só queria saber se tinha algo específico. - Digo e ele ri.

- Ele tem que está congelado, Harry. - Diz e não me passa despercebido que ele disse meu primeiro nome.

Merda, não era pra gente estar nesse nível.

- Gosta de pronunciar meu nome, Malfoy? - Digo sugestivo.

- Tanto quanto você gosta do meu sobrenome. - Ele sorri e eu rio.

- Odeio você por completo, mas tenho que me comunicar de algum jeito, huh?

- Me ama demais.

- Nos seus sonhos.

- Neles também. - Diz e ficamos em silêncio nos olha do nos olhos.

Azul intenso do caralho.

Puta merda como eu amo esses olhos.

Nunca vou admitir em voz alta, mas Draco tem os olhos mais bonitos que eu já vi.

São tão bonitos.

- No bilhete. - Começo. - Você disse que não queria ver Dumbledore por hoje, por quê?

Silêncio.

- Não é da sua conta. - Ele diz e desvia o olhar.

- Draco.

- Falei, me ama. - Ele ri pelo nariz.

D.R.A.R.R.YOnde histórias criam vida. Descubra agora