O tempo passa

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Duas Semanas se passaram desde que eu descobri sobre meu aborto espontâneo e tem sido dolorosamente angustiante, eu pedi a Nik que dissesse a nossa família que eu não estava no meu melhor estado de espírito para recebê-los e infelizmente isso também se referia aos meus filhos, Elliot foi muito gentil durante esse tempo e conversou comigo sobre o processo do aborto e que infelizmente é comum acontecer mesmo que nenhum acidente externo ocorra e que no meu caso foi ainda pior, pois ocorreu um enorme trauma pelo tiro que levei.

Durante esse tempo eu conversava diariamente com uma terapeuta, o que tem me ajudado muito nesse tempo e cada vez ela me faz entender que é uma etapa, dolorosa, é claro.

O luto, ela diz que cada mulher passa de um jeito, reage de um jeito e que podemos conseguir superar e seguir em frente em um mês, um ano, dez anos ou talvez.. nunca e que está tudo bem, ela me disse pra quando sair do hospital procurar algo pra fazer com meu tempo, sentir o luto, vivê-lo, ter meu próprio tempo para superar e eu sinto tanta a falta dos meus filhos que me dói, ela diz que eu deveria deixar meu marido entrar, conversar mais com ele sobre a nossa filha, ela tem me feito ver que eu estava sendo muito egoísta ao tentar afastá-lo pois no final do dia ele também perdeu nossa bebê, ele também está sofrendo e passando pelo luto e que é difícil para ele tanto quanto para mim e nos últimos dois dias eu pensei melhor e liguei para a Cami, ela é psicóloga e minha amiga e eu preciso de uma amiga agora mais do que tudo..

Ouço a porta abrir e me viro pra ela, vendo a loira me dando seu sorriso mais sincero e sei que ela está completamente aliviada em me ver bem.

Ouço a porta abrir e me viro pra ela, vendo a loira me dando seu sorriso mais sincero e sei que ela está completamente aliviada em me ver bem

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_ Oi querida - Ela diz sorrindo pra mim 

_ Oi, entra Cami - Digo devolvendo o sorriso a ela, sendo essa a primeira vez em duas semanas

_ Sobre o que quer conversar ? - Cami pergunta enquanto tira a jaqueta e se senta na poltrona ao lado da minha cama

_ Você pode me ouvir ? simplesmente me ouvir ? - Pergunto saindo de frente da minha janela e indo em direção a minha cama 

_ É claro que sim querida - Cami diz e se inclina em minha direção

_ É claro que sim querida - Cami diz e se inclina em minha direção

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Eu olho pra minha amiga e respiro fundo antes de começar a falar.

_ Quando eu acordei aqui nesse quarto de hospital, meu primeiro pensamento foram os rapazes que estavam naquela bagunça comigo e então os meus filhos e como sempre, Nik estava lá comigo me acalmando, consolando - Narro enquanto relembro algumas coisas daquela noite, suspiro tristemente e continuo

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