𝐏𝐑Ó𝐋𝐎𝐆𝐎 - "𝑷𝒆𝒓𝒅𝒂"

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Olhando pela janela, vendo a neve cair sobre a cidade de Nova York, sinto-me dormente

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Olhando pela janela, vendo a neve cair sobre a cidade de Nova York, sinto-me dormente. Muitas coisas ruins aconteceram em minha vida. Começando pela morte do meu pai, a quem eu nem conheci, pois ele faleceu quando eu ainda era um bebê. Depois veio o acidente que minha mãe e eu sofremos quando eu ainda era criança, levando-a de perto de mim. E por último, como se já não bastasse tudo isso, o destino decide levar a última pessoa que me restou. A que eu mais amava. Aquela que sofreu comigo todas as perdas. Aquela que cuidou de mim desde sempre e me amou incondicionalmente, sem nunca reclamar, sem nunca fazer eu me sentir um peso. O meu irmão... Alex.

Era muito difícil acreditar que eu não o tinha mais por perto. Éramos tão apegados que algumas vezes nos confundiam com um casal de namorados, ou irmãos gêmeos. Afinal, só tínhamos um ao outro.

O resto da nossa família? Ela existia. Tios, tias, primos e primas. Mas poucos deles poderíamos realmente chamar de família. O sangue era a única coisa que nos unia. Alguns moravam longe e não tínhamos muito contato. Outros eram da alta sociedade Nova-Iorquina e Britânica. Arrogantes, esnobes, preocupados apenas consigo mesmos, poder e dinheiro. Eu cresci nesse meio, e odiava. Odiava o preconceito, o moralismo, os julgamentos, a soberba. Não vou generalizar e dizer que todos os ricos são assim porque não é verdade. Mas uma grande parte é, infelizmente.

Um sorriso saiu dos meus lábios enquanto admirava, pensativa, a linda vista de Manhattan. Alex era como eu, ou eu era como ele. Gostávamos de nos aventurar pelo mundo e conhecer culturas diferentes. Nunca nos sentimos superiores a ninguém simplesmente porque vínhamos da aristocracia de NY. Mesmo Alex sendo um homem duro, imponente, elegante, que vestia Prada e Armani como se fossem jeans surrados comprados na Target, ele ainda era doce, amoroso, carinhoso, gentil, humano e divertido. Poucos tiveram o privilégio de conhecer todas as suas qualidades. Eu tive.

Como sinto sua falta.

Uma lágrima silenciosa deslizou pela minha bochecha.

O que farei agora sem meu irmão, meu melhor amigo, meu protetor?

IRISH EYES: O RECOMEÇOOnde histórias criam vida. Descubra agora