XV - Sonho Profético de Horace

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Outro sonho profético de Horace
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Anteriormente

Os peculiares jogaram novamente ao attack to village.

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Eu, Emma e Fiona deixamos as mais novas irem tomar banho primeiro. Esperei um tempo até toda a gente ter tomado banho, e fui me banhar.

Tomei um banho demorado, o meu corpo precisava muito de descanso. Saí do box e vesti uma roupa confortável, deixando o meu cabelo castanho quase escuro com madeixas brancas, caindo, molhado, pelas minhas costas.

Saí do dormitório feminino e fui até a comunal que para minha surpresa estava cheia. Todos estavam reunidos à volta do lençol que Enoch e Jake penduraram em cima da lareira.

Fui até perto de Camillo e sentei-me ao lado dele, no sofá marrom, e ele passou o braço por cima do meus ombros.

Quando já estávamos todos prontos, confortáveis e sentados, Horace começou a passar o seu sonho.

Novamente estava lá eu no sonho profético de Horace, eu estava descendo correndo uma escadaria de pedra.

A minha cara estava manchada de terra ou lama e sangue, as minhas roupas estavam meio sujas e o meu cabelo nem se fala, estava um total caos.

Eu também tinha alguns cortes espalhados pelo corpo, e parecia um pouco mais velha.

Desci correndo a escadaria para abraçar oque parecia ser um homem.

"Quem será aquele homem?" - pergunta Claire confusa.

Eu do futuro e o homem começaram a rodopiar, eu continuando abraçada a ele. Vendo mais de perto esse era o... REMUS? Que diabos?!

Chegaram mais pessoas para me abraçar, e eu pude reconhecê-las. Eram o Potter, Black e uma mulher ruiva que provavelmente era a esposa do Potter.

A maioria deles choraram quando me viram.

" Oque será que aconteceu?" - pergunta Jake, que estava sentado ao lado da Emma.

A Srta. Peregrine assistia tudo em um silêncio intrigador, encostada a uma parede.

A visão mudou, agora a imagem era de uma sala meio suja, com uma máquina e cadeiras à volta. Encima da máquina estava uma grande gaiola com algumas aves lá dentro.

Também havia um tubo que ligava a máquina à cadeira. Eu reconhecia essa sala de algum lugar.

Foi aí que a fixa caiu, aquela máquina era para renovar a experiência, pretendiam fazê-la de novo, as aves na gaiola eram Ymbrynes.

Olhei para Emma que estava no sofá à frente, os olhos dela encontraram-se com os meus e percebi que ela chegou à mesma conclusão que eu.

Ambas olhamos para a Srta. Peregrine que antes tinha um semblante alegre, agora parecia abalada. Os hollows nunca a deixariam abalada, olhei novamente para o lençol pendurado.

não....

Olhando para a gaiola da visão de Horace, consegui detectar várias espécies de pássaros, mas um em especial chamou-me a atenção, um peregrino azul, ou melhor, a Srta. Peregrine.

Não consegui acreditar no que eu vi, não a podíamos a perder de novo.

Olhei para a Emma que parecia tão aterrorizada quanto eu. O braço de Camillo que outra ora estava relaxado, agora estava duro. Virei o meu olhar para Camillo, que estava ao meu lado e o semblante dele estava sombrio. Escusado era dizer que ele estava tenso.

Olhei à volta, para ver como estavam as crianças, os gêmeos estavam um agarrado ao outro, Claire estava levemente confusa e triste, como se só tivesse percebido a visão pela metade. Olive entreolhava entre a Srta. Peregrine e a visão, e Bronwyn estava no colo do Victor com medo.

Emma estava em um estado de choque, todos sabíamos que ela, ao ser resgatada pela Srta. Peregrine daquele circo, ela ficou eternamente grata e começou a adora-la como uma filha ama a sua mãe.

Enoch embora não demonstras-se era bem apegado às pessoas que sempre o rodearam na última década. Então, a Srta. Peregrine para ele era uma única mãe.

Millard sempre a idolatrou como tal, igualmente para Hugh e Fiona.
Jake conheceu-a pessoalmente à muito pouco tempo, mas também a adorava. Horace não era um caso especial, adorava igual aos outros.

Eu e Camillo sempre a amamos como uma verdadeira mãe, isso não era um segredo para ninguém.

" Queridas crianças, acho que já vimos demais por hoje, agradecia se vocês vos fossem para os vossos dormitórios e vestir uma roupa casual para o jantar, por favor." - diz vindo até nós, tentando nos confortar.

Alguns murmúrios de concordância foram ouvidos, e aos poucos e poucos os peculiares começaram a subir.

" Também vens? "-pergunta o Camillo se levantando.

Acenei negativamente com a cabeça. Camillo bagunçou meu cabelos e subiu para o seu dormitório, agora só restava eu e a Srta. Peregrine na sala comunal.

Fui até ela e dei um abraço forte na mesma. Sinto os braços dela à minha volta e uma mão dela na minha cabeça, fazendo um leve carinho.

" A Srta. não nos pode abandonar de novo!" - digo sentindo as lágrimas gordas descendo pelas minhas bochechas.

"Eu não vou, querida, eu não vou." - Prometeu-me ela.

Ela insistiu para eu me trocar para o jantar, mas eu estava sem fome. Então, simplesmente dei um boa noite para ela e fui para o dormitório.

Quando cheguei à porta, as meninas estavam a sair, perguntaram - me se eu não iria comer e eu disse que não.

Sentei-me na minha cama, tirando o meu caderno de desenho da gaveta da mesa de cabeceira e comecei a desenhar a nossa antiga casa. À medida que o grafite do lápis passava pela folha de papel, várias lembranças do nosso lar me vieram à cabeça. O dia 3 de Setembro de 1943 a ser repetido por anos. Também lembrava nos momentos mais divertidos.

Como nós nos divertiamos a ver a reiniciação de loop.

Também relembrei, o dia em que a casa foi realmente bombardeada. Eu odeio guerras.

Guerras trazem mortes, sofrimento, traumas e principalmente perdas.

Acabei o desenho, fechando o caderno e guardando no mesmo sítio que estava.

Abri o meu baú que estava à frente da cama, tentando encontrar meu pelúcia.

O ursinho é preto, com uma máscara branco com detalhes roxos, olhos de botão e uma boca no meio da barriga.

Foi a única coisa de valor que eu levei para o orfanato, e que permanece comigo até hoje.

Agarrei o meu ursinho contra o peito e deitei-me na cama.

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Curiosidade: O Camillo adora trançar o cabelo de Iraci, principalmente trançar apenas as mexas brancas.

Palavras- 1077

Gente desculpem qualquer erro ortográfico. Não se esqueça o de comentar e votar, até o próximo capítulo. <3

𝐑𝐮𝐧𝐚𝐰𝐚𝐲 // 𝐋𝐮𝐩𝐢𝐧'𝐬 𝐝𝐚𝐮𝐠𝐡𝐭𝐞𝐫 (Livro I) Onde histórias criam vida. Descubra agora