Cap. 29

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Jack pov.

Estávamos agachados atrás de uma árvore, então sem demora, dei um sinal com os dedos para o Marcos e começamos a caminhar devagar agachados, ele me segue bem atento até o fundo da casa, onde tinha uma porta meio quebrada o que facilitaria nossa entrada.

Sinto a adrenalina correr pelo meu corpo, parece muito simples até agora, mas vejo no rosto do Marcos que ele está nervoso.

Me escoro do lado da porta e ele faz a mesma coisa do outro lado, olhei pelo pedaço quebrado da porta e vi que estava sem movimento de pessoas, apenas uma iluminação do andar de cima iluminando um pouco do espaço, mas pude perceber muita coisa esparramada pelo chão, várias caixas grandes pelos cantos e algumas coisas forradas com panos, olhei para o Marcos novamente e ele estava me encarando, estava esperando meu sinal para entrarmos, fiz um sinal de silêncio para ele, que na qual balança a cabeça afirmando.

Consegui abrir a porta devagar sem fazer qualquer barulho e dei espaço para o Marcos entrar, assim que ele entrou acabou esbarrando e derrubando algumas latas de tintas que estavam perto da porta...

"Que merda Marcos, presta atenção!" falo sussurrando.

"Desculpa, vou prestar mais atenção!" ele diz no mesmo tom que eu, mas foi tarde demais, pois ouvimos uma voz grave falando do andar de cima.

"Vai lá ver o que foi isso!" logo ouvimos passos pesados caminhando e fiz sinal para a gente se esconder, fomos para atrás de uma caixa e ficamos quietos.

Senti a perna do Marcos balançar de nervosismo assim que ouvimos o rangido dos degraus da escada, ele me olha espantado e eu coloco minha mão em sua perna, fazendo com que cesse o nervosismo e novamente faço o sinal de silêncio para ele, que apenas concorda.

Dou uma leve levantada para olhar quem desceu e fico nem um pouco surpresa, bem que a Duda tinha razão em não confiar nesse cara. Me agacho novamente e falo no ouvido do Marcos, quase não dando pra ele me escutar...

"É o Thomas!" ele me olha surpreso e eu me levanto novamente, mas não tinha ele em vista mais, estranhei, do nada sinto um puxão no meu cabelo e quando ele ia gritar alguma coisa, ouço um barulho alto de tiro, olhei rapidamente assim que sinto a mão que segurava meu cabelo soltar rapidamente e vejo o Marcos olhando para o Thomas deitado no chão e me olhando espantado, com a arma apontando para ele.

"Bom trabalho!" digo baixo e chuto o corpo rapidamente, mas escuto um resmungado leve, ele não está morto. "Vamos rápido!" falo e corremos para a escada, não sei quantas pessoas armadas temos na casa, então toda atenção e cuidado é preciso.

~

Laura pov.

"Últimas palavras?" Meu pai perguntou para a Eduarda e ela me olha tão profundamente, eu não queria acreditar que realmente está acontecendo isso.

"Te conhecer foi a melhor coisa que me aconteceu, eu não me arrependo de nada, apenas que poderia ter aproveitado mais tempo do seu lado, eu sempre..." ouço cada palavra dela com total atenção, mas ela para de falar assim que ouvimos um barulho no andar de baixo e todos que estavam no quarto se entreolharam.

"Vai lá ver o que foi isso!" meu pai ordena e o capanga dele desce as escadas.

Olho para a Eduarda e ela estava com um olhar curioso mas logo franzi a tenta assim que escutamos um tiro.

"Vai lá ver o que foi isso!" meu pai ordena para a outra, mas ela recua.

"Não acho que seja uma boa ideia chefe!" ela diz e meu pai vai até ela impaciente me deixando sozinha com a Eduarda.

Sempre foi Você | Lésbico Onde histórias criam vida. Descubra agora