Cap. 46

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Eduarda pov.

Perdi o sono, vejo as horas e percebo que é muito cedo, olho para o meu lado e vejo a Laura dormindo em um sono profundo, saio da cama devagar para não acordar ela.

Pego meu moletom no gancho que fica atrás da porta, e saio o vestindo.

Saio pela porta dos fundos a deixando aberta e me sento na escada deixando a brisa fria bater em meu rosto.

"Está fazendo o que a essa hora da manhã aqui fora?" me assusto com a voz do meu avô atrás de mim.

Me viro pra ele, que está carregando duas canecas, ele se aproxima mais e senta do meu lado.

"E então?" ele pergunta e me entrega uma caneca, olho o conteúdo e sinto minha boca salivar quando vejo que é café preto e não dessas máquinas que acostumamos a tomar.

"Acabei perdendo o sono, devo estar ansiosa para o casamento." falo e tomo do café.

"Eu lembro quando eu pedi sua avó em casamento..." ele fala olhando para o nada lembrando. "Foi uma luta muito grande, tivemos que passar por cada uma, fingir até que ela tinha alguma doença contagiosa em um baile que o pai dela organizou, para que nós dois conseguisse ficar junto na festa." ele fala e eu o escuto atentamente.

"Eu tive que buscar muita coragem para pedir a mão dela, ela sempre foi a mulher mais bela da nossa vizinhança, e todos os caras queriam casar com ela, muitos só pelo dinheiro do pai dela, mas eu nunca quis nenhum dinheiro daquele homem, eu sempre amei sua avó desde o momento que eu a vi." ele fala e solta um sorriso.

"Bem clichê, amor de primeira vista." falo rindo e ele concorda com a cabeça.

"Mas de todas as lutas, eu nunca sai do lado da sua avó, mesmo com várias mulheres querendo estar comigo, eu nunca tirei os olhos dela, e ela sempre diz que nunca duvidou da minha fidelidade a ela, e com isso, eu a pedi em casamento, eu jurei todo meu amor por ela e hoje estamos aqui, prestes a ver a nossa neta se casando." ele diz sorrindo para mim, e eu o abraço de lado.

"A história de vocês é linda, e eu desejo isso para minha vida com a Laura." falo e ele solta uma risada gostosa.

"Sem dúvidas será melhor que a nossa Duda!" ele fala e ficamos tomando nosso café ainda abraçados.

"Já decidiram onde vai acontecer o casório?" ele me pergunta e eu nego, pois era sobre isso que eu queria falar com ele.

"Bom, então porquê não realizam aqui?! Temos espaço de sobra." ele sugere e eu não limito em sorrir.

"Vô, o senhor leu minha mente. Eu tinha vindo aqui justamente para conversarmos sobre isso." falo e ele se levanta.

"Pois venha." ele fala caminhando e eu levanto confusa.

"Para onde?!" pergunto me juntando a ele na caminhada.

"Iremos analisar o local do casório." ele fala e eu sorrio, muito bom ver a animação do meu avô para tudo.

~

Laura pov.

Acordo com a claridade do sol pela janela porque esquecemos de fechar a cortina. Olho para o lado e vejo que a Eduarda não está, já deve ter levantado.

Me espreguiço e saio do quarto, sinto um cheiro delicioso de café, e vou até a cozinha mas não encontro ninguém.

Ouço algumas risadas vindo do lado de fora e vou até lá, por minha surpresa encontro minha mãe e o Diego sentados na rede, surpresa porque achei que eles viriam só mais tarde, vejo a dona Jaci tomando seu café sentada em uma cadeira de balanço ouvindo a Eduarda contando alguma coisa em pé e o sr. Édson sentado em outra cadeira.

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