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Pov: Louis

"Você está preparado para o primeiro dia na universidade?" Niall me pergunta, enquanto acaricia meu braço.

"Sim, Nini. Estou mais que preparado."

Me despeço de Niall e me dirijo para o prédio de medicina.

Não tenho certeza onde fica minha sala. Prefiro pensar que não estou perdido.

Depois que entro no prédio subo umas escadas e a paro em um corredor. De longe visualizo um grupo de alfas dando algumas risadinhas.

Tento procurar minha sala por um tempo, mas não acho que posso encontrá-lo sozinho.

Quando me aproximo todos os alfas param de conversar e olham para mim. Fico totalmente sem graça e intimidado com a presença de tantos alfas.

Não demonstro reação.

"Com licença." Digo olhando para o que me parecia menos intimidador. "Podem me ajudar, por favor."

Só me olham de lado. Não respondem.

Depois de minutos em um silêncio constrangedor, já estou pronto para virar de costas e sair de perto.

"Qual seu nome, ômega?" pergunta um alfa que não consigo reconhecer.

Continuo andando. Mas paro quando escuto a voz do mesmo Alfa moreno de olhos azuis.

"Não vai responder não?" diz me olhando de cima a baixo.

Viro de costas, pois ficar aqui só vai me arranjar problema e estresse.

"Ômega" ignoro a voz do alfa e continuo andando. Mas ele usa sua voz e meus ouvidos sangram. Ela é forte, alta e fazem meus ouvidos sangrarem.

As lágrimas escorrem livremente por minhas têmporas.

Estou prestes a virar o corredor e suas mãos afundam no meu ombro.

"Onde você vai querido?" o alfa sorri diabólico. Passando sua mão até chegar em minha cintura e apertando ali. "Achei que queria ajuda."

"Por favor." Imploro. "Você está me machucando."

Tento desvincular de seus braços, mas ele intensifica o aperto.

Olho para o corredor e está vazio. Cadê todo mundo? 

"Quando eu falar com você, obedeça." sussurra perto de minha orelha. "Te vi um dia desses andando distraido pelos corredores." Diz ele cheirando meu pescoço e dando pequenos beijinhos ao apertar minha cintura. "Não consigo te tirar da cabeça."

Ele aproxima ainda mais seu corpo do meu, se possível. Prendendo meus braços em cima da minha cabeça ao me pressionar em um armário qualquer.

"Qual o seu problema? Me larga." Digo tentando me soltar novamente.

Ele não responde, olha para os lados e me puxa para uma sala vazia.

Não, não, não.

Isso não pode estar acontecendo.

"Me solte." Digo em um tom de voz suplicante. "Por favor, me solte."

O alfa me coloca em cima de uma mesa e passa a mão pelo meu corpo. Começo a me debater para escapar, mas estou muito nervoso.

"Implora mais, adoro quando vocês se fazem de marrentos."

Nossas bocas fazem contato e é agonizante, sinto a náusea subindo.

Suas mãos parecem facas passando em meu corpo.

Fecho os olhos bem forte, desejando que tudo não passa-se de um pesadelo.

 GASLIGHTING ~ L.SOnde histórias criam vida. Descubra agora