ANY GABRIELLY
Após todas as reuniões do dia, menos a de Josh, eu estava sentada na minha sala analisando algumas compras e vendas de investidores. Calma, não vou te entediar com os meus papos de negócio, tá?
— Any, Josh Beachamp já está aqui — Ian diz da porta de vidro
— Deixe-o entrar — digo guardando os portfólios que analisava
Josh adentra a sala, mas eu continuo muito bem instalada na minha cadeira.
— Boa noite! — ele diz em frente à minha mesa
— Boa noite! — faço um sinal para que ele se sente na cadeira em frente à minha mesa — Então, Josh Beauchamp, qual o motivo dessa visita?
Ele se arruma na cadeira, colocando a sua maleta na outra cadeira.
— Eu vou direto ao ponto, beleza!? — ele lubrifica os lábios — Meu pai quer que você trabalhe na nossa empresa, Ron soube que conseguiu negócios muito bons com Durand, ele acha você "esperta e ambiciosa" — Josh faz aspas com os dedos — Mas para mim, você não tem nada mais que vantagens
Faço uma pausa antes de falar.
— "Vantagens"? — digo em tom calmo, encostada na cadeira — Você poderia me dizer quais são as minhas vantagens?
Josh semicerra os olhos, enquanto eu olho fixa para ele.
— Bom, primeiro: você é mulher; segundo: suas pernas são incríveis, a que horas se abrem, querida? — Josh diz olhando para mim e sorrio cínica fraco
Logo mudo a minha expressão, me inclinando para mais perto dele.
— Se abrem no mesmo momento em que a minha credibilidade cresce na frente da sua — digo em um tom calmo
Josh parecia não acreditar na minha resposta.
— Primeiro: não me chame de querida, meu nome é Any Gabrielly, faça-me o favor de usá-lo; — digo me levantando da cadeira — Segundo: não abro as pernas assim tão rápido como as garotas que você transa nas noites de sexta; — me sento na ponta da mesa, na frente dele — E terceiro: não misturo sexo com trabalho. Se eu consegui esse negócio é porque sou dedicada e esperta, diferente do filhinho de papai que está na minha frente.
Nos encaramos.
— Acha que sou um filhinho de papai? — Josh pergunta arqueando uma de suas sobrancelhas
— Tenho absoluta certeza — digo olhando firme para ele
Nos encaramos por mais um tempo. Logo levanto da mesa, apoio o peso do meu corpo nos braços da cadeira em que Josh estava sentado, ficando ainda mais perto dele.
— E o que eu ganho trabalhando para o seu pai? — pergunto mas Josh parecia paralisado — Vamos, faça a sua oferta
Josh faz uma pausa, o tempo que ele acorda do seu aparente transe. Logo volto a a sentar na ponta da mesa, de frente para ele.
— Teria uma excelente posição na empresa e ganharia toda a comissão, não só uma parte dos seus negócios — Josh diz encostado na cadeira
Sorri cínica ao ouvir a oferta.
— Tá bom, Beauchamp. Mas, o que te faz pensar que eu deixaria a chefia de uma empresa para trabalhar para outra pessoa? — pergunto arqueando uma das sobrancelhas
— Como pode ter tanta certeza de que o seu pai vai entregar a empresa para você? — ele pergunta se inclinando em um tom de desafio
— Prefiro ter a esperança de trabalhar pra mim mesma, do que trabalhar para outra pessoa. E, outra coisa, para quem mais ele entregaria a empresa? Ele sabe que eu sou a pessoa certa para esse cargo — digo em tom de confiança
— Se você diz... — Josh faz um sinal de rendido com as mãos
— Diga ao seu pai que eu recuso a oferta dele e que se ele for tentar outra vez, é melhor que mande alguém mais convincente com uma proposta melhor do que essa — digo olhando no fundo dos olhos de Josh, me levantando da mesa
— Acha que estou aqui por vontade própria? — pergunta ele se inclinando para frente — Não mesmo. Não quero que você trabalhe na empresa
— Por que, Beauchamp? Está com medo do seu pai perceber que eu sou melhor do que você? — pergunto me inclinado para frente — Está com medo de competir comigo?
— Eu? Com medo de competir com você? Nem um pouco — ele disse olhando para mim
— Eu teria medo se fosse você — digo subindo as duas sobrancelhas rapidamente
Josh se encosta na cadeira com o dedão e o indicador em seus lábios, pensativo, mas seus olhos não desviavam de mim.
— Obrigado pela conversa, Gabrielly — ele diz se levantando da cadeira
Não respondo nada, apenas o observo até que ele saia da minha sala.
— Vou te dar mais um tempo para considerar a oferta, Soares — Josh diz antes de sair da minha sala
— Não perderei meu tempo pensando nessa oferta fraca. Que tal pensar em uma oferta melhor e vir aqui de novo, só para que eu possa recusa-la? Apenas para que eu tenha o prazer de vê-lo fazer de tudo para que eu trabalhe na sua empresa. Eu não trabalho para os Beauchamps. Trabalho para mim mesma e ponto. Passar bem — digo acenando com um sorriso fraco entre os lábios
Josh me lança um olhar mortal e se retira da minha sala.
É cada uma, viu!?
Reviro os olhos, enquanto respiro fundo. Seis e meia. Fim de expediente. Pego minha bolsa, a posicionando na divisão do meu braço e saio da sala.
— Já está de saída, Any? — escuto a voz Ian enquanto me aproximo do elevador
— Sim — viro para trás
— É só que Josh Beauchamp deixou isso aqui — ele me entrega um cartão de visita do Josh
Reviro os olhos, mas pego o cartão.
— Obrigada, Ian! Até amanhã — digo entrando no elevador
Enquanto Josh e Ron estão brincando de advogados (que tentam convencer um juiz de que o real assassino não matou a vítima mesmo com todas as provas) estou tratando de negócios maiores que eles podem imaginar. Essas ofertas e estratégias novas irão os atrasar por mais um tempo.
Até o próximo capítulo ❥
Bjs Ju
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𝗕𝗼𝘀𝘀
Fiksi Penggemar𝗢𝗻𝗱𝗲 𝗔𝗻𝘆 𝗚𝗮𝗯𝗿𝗶𝗲𝗹𝗹𝘆 𝗲 𝗝𝗼𝘀𝗵 𝗕𝗲𝗮𝘂𝗰𝗵𝗮𝗺𝗽 𝘀𝗮̃𝗼 𝗮𝗺𝗯𝗶𝗰𝗶𝗼𝘀𝗼𝘀 𝗵𝗲𝗿𝗱𝗲𝗶𝗿𝗼𝘀 𝗱𝗮𝘀 𝗱𝘂𝗮𝘀 𝗺𝗮𝗶𝗼𝗿𝗲𝘀 𝗰𝗼𝗿𝗿𝗲𝘁𝗼𝗿𝗮𝘀 𝗱𝗲 𝘃𝗮𝗹𝗼𝗿𝗲𝘀. 𝗢𝘀 𝗱𝗼𝗶𝘀 𝘀𝗮̃𝗼 𝗿𝗶𝘃𝗮𝗶𝘀 𝗱𝗲𝘀𝗱𝗲 𝗼 𝗯𝗲𝗿𝗰̧𝗼 �...