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ANY GABRIELLY

A grande porta de madeira pivotante da venerável mansão se abre por Steven, um homem de bem poucos cabelos brancos e ralas sobrancelhas, nosso mordomo que trabalha nessa casa a mais tempo que eu estou nesse mundo

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A grande porta de madeira pivotante da venerável mansão se abre por Steven, um homem de bem poucos cabelos brancos e ralas sobrancelhas, nosso mordomo que trabalha nessa casa a mais tempo que eu estou nesse mundo. A mansão fica mais afastada dos grandes centros urbanos. Eu acabara de chegar de uma viagem de negócios em Paris.

— Any! — ele exclama com um sorriso entre seus labios enrugados.

— Irmãzinha! — escuto a voz de Noah se aproximando

— Noah? — me surpreendo ao vê-lo — Pensei que estaria em uma casa de strip no Leblon.

— Disse a mesma coisa — Steven diz fechando a porta.

— Papai disse que se eu quisesse continuar com as minhas gandaias no Rio de Janeiro teria que trabalhar pra conseguir e, aqui estou — Noah revira os olhos verdes — Você? Trabalhando? — deixo uma risada nasal escapar e Noah faz uma cara de tédio

— Cadê o papai?

— Está em uma reunião no escritório dele — Steven diz com as mãos para trás.

Subo as sobrancelhas rápido, com um sorriso fraco sem mostrar os dentes entre meus lábios, ando até o local enquanto meus exclusivos saltos agulha Christian Louboutin batem contra o chão de porcelanato.

— Any! Espere, Any! — Steven diz indo atrás de mim, mas o ignoro.

Abro as duas grandes portas do escritório, dando cara com uma mulher em cima da mesa e meu pai entre as pernas dela.

— Olha quem cheg... wow — digo com uma cara de espanto e com um leve ar de riso.

— Any? – meu pai diz abotoando os botões de sua camisa social branca.

— Qual a surpresa? Eu moro aqui — digo franzindo as sobrancelhas.

— Quem é você? — Noah pergunta para a mulher que tentava arrumar os seus cabelos e fechar sua blusa.

— Deve estar atrás de uma promoção — digo com um sorriso cínico.

— Gabrielly! — meu pai me repreende

— Sou Jane — a mulher que devia ter uns 30 e poucos anos diz estendendo a mão para mim.

Aperto a mão dela com uma cara falsa de interesse em tudo aquilo.

— Vocês devem ser Any e Noah — a nova sugar baby do meu pai diz ficando do lado dele — Ouvi muito sobre vocês.

– Não ouvimos nada sobre você – faço beicinho.

Meu pai me repreende com o olhar.

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