Um dia de cada vez

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Após um breve estresse
Um suspiro se ouve
Pois é preciso de um tempo para manter o controle

Não sendo o suficiente
Logo pensa nas horas em que esteve bem
ao lado de uma boa companhia
ou simplesmente quando não havia ninguém

Isso melhora parcialmente seu humor
tornando um pouco mais fácil respirar
Mesmo que o ar permaneça pesado
ainda é o suficiente para pensar

Talvez não raciocinar com muita sabedoria
Mas ao menos o suficiente para não chorar
Largar tudo e jogar o pouco para o ar

E assim as horas vão passando
Tornando as pequenas ações eficazes
e você volta a olhar para o espelho e se enxergar
Vê suas cicatrizes
notando que elas não são suas inimigas
Mas parte de sua história

E é dessa forma que tudo se transforma
Mudando os dias, as horas, mudando sua trajetória

E ainda que dias ruins virão,
porque logicamente eles não deixarão de existir
Haverá um amanhã que chegará
querendo você ou não
e assim continuarão
Um por vez
Trazendo memórias boas e ruins

Logo, você passa a respirar e a esperar pelo amanhã
e mesmo que pareça ser seu fim
Você sabe que não é neste instante
Não assim

Suas escolhas tiveram algumas consequências
Essas que não são fáceis de lidar
Mas não possíveis de apagar caso não as enfrentar

E por isso basta um novo nascer do sol
Um novo olhar frente as suas ações
O pouco torna-se grande assim que se depara com consigo
E seu ombro amigo parece ser o tempo
Esse que aos poucos vai amenizando o que sente
Te tirando do passado a qual  se prende

E ainda que duvide
Não se engane
Contra o tempo não se discute.

Resquícios de uma madrugadaOnde histórias criam vida. Descubra agora