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S/n havia perdido a cabeça com Sanzu, ele levou tudo que ela tinha e as únicas provas que ela ainda tinha estavam na câmera e no celular, por sorte, mas mesmo assim não era muito. Achou melhor não mexer no notebook podia estar com rastreador se voltasse a salvar tudo de novo, por enquanto foi melhor esperar. As outras coisas que tinha, como sua arma que havia escondido estava no lugar, já cansada daquela noite foi tomar um banho pra deitar e resolver tudo no outro dia.

Acordou com o som do despertador, e levantou pra ir no banheiro e tomar café, quando se pois de pé, sentiu algo se esfregando e ronronando em seus pés. Olhou pra baixo e seu gato pedia pra que lhe desse atenção e comida, principalmente comida, S/n teve um pequeno flashblack da noite anterior e se lembrou de Sanzu Haruchiyo dando carinho pro seu gato que deu o nome de yun.
S/n revirou os olhos, que nome estúpido e quem disse que seu gato tinha que ter um nome? Foi ao banheiro com o felino atrás de si, miando carente por comida mas S/n estava apertada precisava que o gato fosse paciente pelo menos um pouco. Quando terminou enfim de fazer suas higienes e escovar os dentes, foi pra sala por a ração do gato e foi pra cozinha fazer seu café sagrado pra despertar melhor.

Comia um pedaço de pão com geleia, olhando em direção a sala onde ficava seu sofá, começou a pensar na proposta dele, não queria desistir do caso nunca havia pegado algo tão grande assim pra investigar e agora não queria desistir, por outro lado havia outra opção também e nem deveria ser uma opção, já que não queria fazer parte de uma gangue como aquela.

—Três dias... Três dias... o que eu vou fazer?

Disse pra si mesma quando suspirou frustrada, Sanzu sabia sobre s/n mas ela não sabia o quanto, e ele ameaçou machucar alguém que ela ama só se ela contasse pra alguém, o que faria se ela não escolhesse nada?
S/n tomou mais um gole de café e pegou o celular olhando a agenda que tinha feito para cada um deles, com os horários de onde e pra onde iam procurou a de Sanzu e ao que parecia ele não tinha nada de importante pelo dia, apenas de noite onde tinha um ponto de encontro para troca de mercadorias. S/n decidiu apenas observá-lo hoje antes de tomar uma decisão, foi pro quarto se vestir colocou uma roupa mais discreta hoje e prendeu os cabelos longos em um rabo de cavalo, colocou os óculos e escondeu o celular antes de sair.

Apenas decidiu caminhar primeiro pra ver se alguém a seguia, andava com tranquilidade as vezes olhava pras lojas, cumprimentava alguns conhecidos da sua rua, olhava discretamente mas nada diferente do normal chegou em uma loja de animais pra comprar ração e andou devagar observando o ambiente quieto, pegou a ração e algumas coisas pra levar e mimar seu gatinho, olhou pelo vidro da loja e foi pro caixa pagar suas coisas agradeceu a moça e saiu andando de volta pra casa, olhou de canto e resolveu cortar caminho por um beco estreito se escondeu perto das latas de lixo e por menos agradável que fosse, estava certa.

Saiu com a arma que trouxe escondida dessa vez nas costas dele e puxou seu capuz pra mostrar seus cabelos rosas.

—Xeque-mate. –Disse S/n com um tom de deboche assim como o próprio Sanzu havia dito antes.

Sanzu riu levantando as mãos, e tirou a máscara preta que cobria seu rosto.

—É, você não é tão ruim nisso.

—Conta outra, praticamente queria que eu o visse estava do outro lado da rua. Se me observava por tanto tempo sem que eu o visse, não ia deixar tão óbvio agora.

—Talvez sim.

Ia se virando mas escutou o som da arma e sorriu de novo ainda de costas pra ela.

—O que está fazendo? Você não vai me matar...

—Quer apostar?

—Se fizer isso, Mikey vira atrás de você no mesmo segundo e não vai conseguir fugir nem se mudar de país, além disso todos temos informações sobre você, família e amigos próximos. Quer mesmo ser culpada por tantas mortes?

—Como não sei que não está blefando?

—Bem, posso matar o tal de Takemichi e enviar a cabeça dele pra sua amiga com seu nome, que tal?

S/n engoliu seco e deixou apenas que ele se virasse mas não deixou de apontar o cano da arma na cintura de Sanzu.

—Devolva as coisas que pegou do meu escritório, quero tudo de volta.

—Ah não posso, eu rasguei alguns queimei outros... já viraram pó. Além disso, você não precisa mais daquilo né? Esqueceu do nosso acordo?

—Eu não decidi nada ainda.

—Seu tempo está passando. Tic tac...tic tac...

Sanzu sorriu perverso, balançando o indicador de um lado pro outro, causando um calafrio na garota.

—E se eu não escolher nada? Se eu não tomar uma decisão.

Sanzu respirou profundamente, já estava ficando impaciente e não gostava nem um pouco de uma arma apontada pra si.

—Bom... aí eu vou ter que decidir pra você.  –Sanzu segurou o cano da arma pra baixo, e depois levantou o braço de S/n pro alto girando seu corpo ficando de costas pra ele, pegou a arma da mão dela, segurando seu pescoço com uma das mãos e com os corpos juntos e a arma apontada pra sua cabeça. —Talvez, você não goste do jeito que eu resolva e será mais fácil do que foi desarmar você agora.

S/n deu uma cotovelada na barriga de Sanzu, escutou o som do gatilho e ele puxou seu corpo pra trás e a bala acertou a parede, S/n usou uma das mãos pra alcançar a arma tentando puxar da mão dele, pisou no pé de Sanzu, e o mesmo soltou seu pescoço e ela puxou a arma se virando e apontando pra ele de novo, seu coração estava a mil, olhou pra parede um segundo e podia ter sido sua cabeça se ele não puxasse seu corpo para trás no mesmo instante.

—Você joga sujo, pisou no meu pé.

—Quase atirou em mim, idiota.

—Mas não atirei, e foi você que me acertou primeiro deveria ter te matado, mas não estou afim de ter problemas no momento.

Escutaram o sons da sirene, e ele voltou a vestir o capuz e a máscara.

—Resolva isso, sei que não vai me dedurar, ainda não terminamos essa conversa e você ainda me deve uma resposta.

Sanzu correu pelo outro lado, e em pouco tempo conseguiu escapar enquanto um carro da polícia abordava S/n no beco.

—Relaxa, eu sou detetive. Aqui minha carteira...

—Certo, e posso saber porque atirou?

Pensou na resposta que diria e olhou a parede de novo, sabia que tinha que falar sobre Sanzu, olhou de novo o policial e suspirou guardando a arma.

—Estava seguindo um dos membros da Boten, estou em uma investigação autorizada pelo distrito 39, achei que estivesse armado então peguei a arma por segurança, mas disparei por engano.

—Sim, e o indivíduo?

S/n olhou para o outro guarda que olhava entre as lixeiras, enfiou as mãos no bolso dando de ombros.

—Não era ele. Eu o perdi quando saí da loja de pet shop e o confundi com outra pessoa.

O outro policial voltou trazendo a sacola dela com a ração mostrando para o outro policial que assentiu entregando a sacola pra ela.

—Sinto muito que tenha perdido detetive. Passar bem.

—Igualmente.

Viu eles irem embora e fechou os olhos suspirando, se não fosse sua sacola confirmando a história podia ter se ferrado, começou a andar pra ir de volta pra casa estava com dor de cabeça, tinha acabado de passar por tudo aquilo e ainda mentiu pra ajudá-lo, como pode fazer isso? Mas ainda não podia contar a verdade era cedo demais isso podia prejudicar a si mesma.
S/n chegou em casa, tomou um remédio e se sentou no sofá, mesmo salvando sua pele ainda se sentia sem saída não tinha como pegar Sanzu se os outros ainda podiam matá-la ou pior, precisava tomar uma decisão e se aceitasse e traisse eles depois? Com um tempo podia juntar todos até mesmo Sano Manjiro em uma emboscada ou podia fingir que largou a investigação de qualquer forma está se arriscando e precisava de uma decisão logo.

—Acho que não tenho muita opção não é?

Perguntou pro gato que pulou no sofá pra deitar do seu lado e receber carinho. Já tinha se decidido e teria que ser pelo jeito mais difícil, mas ainda não ia dizer pra ele, precisava pensar mais, caso mudasse de ideia.

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