Capítulo 3

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JÉSSICA

Como sempre, fui para o canto e fiquei esperando que a sala enchesse. Dez minutos depois a professora entrou, cumprimentando a todos, comunicou que a aula seria dança de salão e solicitou que cada um escolhesse um parceiro.

Uma mão em meu ombro e uma voz rouca em meu ouvido, me arrepiaram.

– Você aceita ser minha parceira na aula de hoje?

Não precisei olhar para trás. Eu sabia a quem pertencia àquela voz, a lembrança de seus olhos azuis ainda era nítida em minha cabeça. Sem conseguir achar minha voz, apenas acenei com a cabeça.

Ele me girou e nossos olhos prenderam-se, calor súbito me invadiu, senti minha calcinha umedecendo, seguido de um frisson por todo meu corpo.

 Meu Deus, eu estava muito ferrada!

Quando, em minha vida, eu deveria ter essas reações com um estranho? Um estranho maravilhoso, dono dos olhos mais lindos que eu já vi e com um sorriso torto capaz de fazer as mulheres perderem o juízo e as calcinhas, mas ainda assim, um estranho.

A instrutora chamou a atenção da classe e colocando a música começou a dar instruções.

– Acho que ainda não fomos apresentados. Eu sou Patrick, mas todos me chamam de Rick, prazer em te conhecer. – Sua voz rouca e sedutora enviou arrepios por todo meu corpo.

– Sou Jéssica, mas todos me chamam de Jess. – Eu disse em um fôlego.

O que estava acontecendo comigo?

– Então, Jess, eu estou começando as aulas aqui hoje, você já está aqui há algum tempo?

– Mais ou menos três meses. Todos aqui são muito atenciosos, você vai gostar. – Respondi, ainda meio tonta pela proximidade dele, mas conseguindo me controlar.

A professora começou ensinando os passos separados, nos fazendo repetir várias vezes. Então pediu para que nos juntássemos aos nossos parceiros de dança.

Patrick me abraçou apertado, colocou uma mão atrás da minha cintura e com a outra segurou minha mão firmemente. Afastei-me por reflexo, o que lhe provocou um sorriso.

– Queixo para cima. – A professora chegou perto de nós, tocando o dedo indicador na minha mandíbula. – Olhos nos olhos, sintam a música e repitam os passos que aprenderam. Seus quadris devem estar se tocando. – E bateu levemente no meu flanco, até que me encostei mais nele.

A música mudou e começou a tocar "I've got you under my skin," de Sinatra.

Começamos os movimentos e Patrick chegou perto do meu ouvido, seus lábios roçando e disse baixinho: "Eu adoro essa música, sempre que ouvir vou me lembrar de você." Para confirmar suas palavras me deu um aperto suave com a mão que estava em minha cintura, nos aproximando ainda mais, só para que eu sentisse sua ere.ção em minha barriga.

Isso me deixou em chamas, minha ex.citação atingindo o limite em segundos. Como pode um estranho me deixar mais ligada do que meu marido?

 Marido

Aquilo me lembrou de que eu não poderia dar rédea solta a essa coisa que estava acontecendo. Pare, Jess, pare enquanto pode, disse uma vozinha chata na minha cabeça. Ao mesmo tempo em que a outra dizia: Para nada, sua boba! Aproveita, logo o maldito vai tomar um pé bem tomado na bun.da e você será livre para o que quiser... e é sempre bom ter uma opção. Ri do meu subconsciente, não sabendo qual voz ouvir.

Calor latente - Kacau Tiamo (degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora