Capítulo 4

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 Oi meus amores! 

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"Capítulo impróprio para menores"

Em seu escritório, Júlia me atendeu prontamente. Expliquei todo o ocorrido e entreguei as provas que havia encontrado.

– Amiga, temos o caso! Agora quero saber quão aborrecida você está, para que possamos traçar um plano de ataque! – Júlia batia palmas, totalmente eufórica. Ela nunca gostou do Anthony.

Ela foi contra, do momento em que engravidei, até quando resolvi me casar.

Dizia que ele não prestava e que eu não precisava disso, que ela e sua família me ajudariam. Mas eu estava apaixonada e acreditava em um conto de fadas. Praticamente não tive família e queria a minha própria. Queria ser para meus filhos, a mãe forte que minha mãe não foi para mim. E também que meus filhos tivessem um pai, um pai presente e não como o meu que eu nem sabia quem era.

Minha mãe se matou quando eu estava com três anos e fui enviada para um orfanato, pois ela não possuía parentes vivos. Lá, fiquei até os dezesseis, quando fui adotada por um casal de idosos. Eles eram muito carinhosos e me sentia muito bem vivendo com eles.

Foi aí que conheci Anthony. 

Lindo e popular na escola em que fui transferida, eu logo despertei sua atenção. Eu era dona de um corpo escultural, aparentava ser mais velha, com seios grandes, cintura fininha e bumbum arrebitado. Foi na escola que conheci Júlia também e logo de início nos tornamos as melhores amigas. Aos dezoito, quando entrei para  a faculdade de administração e ele para engenharia, começamos a namorar e, alguns meses depois, engravidei dos gêmeos.

Seus pais nos apoiaram e nos casamos em seguida. Não tivemos uma lua de mel. Os bebês vieram logo após o casamento e, em um curto espaço de tempo havia fraldas, vômito, choro, remédios, dentição, limpeza, lavanderia, além de cozinhar, fazer compras e tentar me encaixar no padrão de Anthony.

Ele era um homem muito detalhista. Gostava de ordem, de perfeição e eu não me encaixava em nenhuma categoria. Como ele sempre dizia, eu não conseguia fazer nada certo, nem meus bebês gêmeos, que não eram idênticos. Tínhamos uma menina e um menino, gêmeos fraternos.

Balançando a cabeça para afastar esses pensamentos, decidi que eu estava profundamente aborrecida.

 Fui maltratada a vida inteira e vivi praticamente para os outros.

Era hora de cuidar de mim.

Assim sendo, respondi para Júlia, que ainda esperava minha resposta.

– Extremamente aborrecida. – Suspirei.

– Então amiga, vamos dar entrada nos papéis do divórcio e fazer algumas exigências, já que estamos de posse de um material tão generoso. – Júlia me deu um sorriso, balançando os documentos que eu havia entregue. – Assim que estiver tudo pronto, te ligo para entrarmos em ação. Enquanto isso, mantenha a calma e finja que não descobriu nada.

Voltei para casa, fiz almoço e segui minhas atividades normais. Quando ele chegou em casa à noite, eu já estava dormindo e não precisei nem olhar pra ele. Maldito!

No domingo, ele acordou cedo, tomou café e disse que iria caminhar. Sei muito bem o que ele ia fazer, afinal se você fica andando por quase duas horas, você volta suado, arfando com a língua para fora e pedindo água. Já o maldito voltava fresco e cheiroso. Como eu nunca percebi isso? Com certeza ia se encontrar com a fulana e voltava para casa com aquela cara de inocente e cheio de sorrisos para as crianças. Fui obrigada a engolir minha ira e esperar.

Calor latente - Kacau Tiamo (degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora