dezesseis.

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A noite caia mais uma vez em Seul, e ela os primeiros floquinhos de neve do inverno rodopiavam felizes no céu quando Sunghoon se despedia de Jay e fechava a confeitaria atrás de si.

Sunoo, cansado do dia intenso, já estava acomodado confortavelmente debaixo dos lençóis ao que esperava seu amado se juntar à ele, o que não demorou a acontecer.

─ Eu estou tão orgulhoso do Jake. ─ Sunoo comenta assistindo seu companheiro, já de pijamas, retirar os sapatos e se aninhar a seu lado debaixo dos cobertores. ─ O que ele fez exige muita coragem...

─ Tem razão, mas considerando o pai maravilhoso que Jay é, Jake tem muita sorte, não é todo mundo que tem a cabeça aberta como aquele loiro fajuto. ─ Sunghoon responde abraçando protetoramente seu pequeno "camundonguinho".

─ Isso tem haver com seus pais? ─ Sunoo questiona, mas não obtendo respostas, ele prossegue com o interrogatório. ─ Você nunca os encontrou depois de tudo o que aconteceu?

─ Não ─ assumiu com um suspiro, afundando seu nariz na cabeleira macia do namorado, em busca de conforto. ─ Eu só consegui manter contato com minha irmã, para meus pais, Yuna é filha única.

─ Oh Hoonie, eu sinto muito, querido. ─ Sunoo pronunciou aprofundando seu abraço, transmitindo todos os seus sentimentos para o amado.

─ Não sinta, doce, eles quem estão perdendo. ─ Sunghoon diz, plantando um pequeno beijinho no cabelo do outro. ─ E quanto a você, como foi parar nas ruas?

─ Bom... é uma longa história...

─ Temos todo tempo do mundo, se você quiser. ─ Sunoo sorriu com a afirmação e tomou coragem para contar.

─ Eu fugi de um circo...

─ Um circo?

─ É Hoonie, um circo, com lonas e tudo, agora deixa eu terminar!

─ Desculpa... Um circo... você fazia o que lá?

─ Nada demais, eu só trabalhava nos bastidores, um faz tudo, sabe?

─ Uhum...

─ Meu pai era o mágico, o mais incrível que já presenciei, eu nunca me cansava de ver suas performances, e mesmo eu tendo talento nenhum para o ofício ele sempre me apoiava, com qualquer coisa que eu quisesse fazer, até me ensinou a lidar com cadeados e fechaduras...

─ Oh...

─ Pois é...

─ Você parecia feliz, por que foi embora?

─ Meu pai se foi e tudo naquele lugar me lembrava ele, então eu parti também. ─ explicou suavemente recebendo um carinho na cabeça. ─ Ainda tenho saudades dele.

─ Sei que ele está muito orgulhoso de você, meu amor, aposto que ele está no paraíso dos mágicos agora, cercado de coelhinhos e cartolas protegendo cada passinho seu... ─ essa constatação tirou uma risadinha do rapaz de olhos azuis.

─ Obrigado Hoonie, eu amo você.

─ Eu também amo você, camundonguinho...

(...)

já está acabando...

little mouse ✧ sunsun. Onde histórias criam vida. Descubra agora