sete.

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Ao acordar, Sunoo se surpreendeu, quando notou não estar mais na sua tão familiar cabaninha, em vez dela, porém, ele se encontrava embalado confortavelmente em alguns cobertores quentinhos e macios num quarto desconhecido, deitado numa cama desconhecida.

Dizer que o garoto ficou assustado com o cenário era eufemismo perto de todas as ideias que se passava em sua mente. O único motivo para ele não ter se levantado da cama e ido embora correndo sem olhar para trás, fora, tão somente, por causa de uma forte dor febril que percorria seus músculos, nervos e ossos, e uma leve pontada no peito, o impedindo de se mover direito.

─ Sunoo! Você acordou! ─ uma conhecida vozinha alegre ecoou pelo quarto, quando um serzinho de cabelos escuros saltou em sua cama, o abraçando com força. ─ Você me deixou tão preocupado! Prometa nunca mais ficar doente de novo!

O rapaz enfermo não pode deixar de sorrir com aquele pedido tão inocente de seu amiguinho.

─ Nini, toma cuidado, vai machucá-lo. ─ O pai de Niki o adverte no instante em que adentra o quarto com um sorriso no rosto e uma tigela fumegante em mãos. ─ Bom dia, Sunoo. Como se sente?

─ Estou bem, senhor Park, obrigado. ─ Pronunciou vacilante, se espantando por sua voz ter saído mais fraca que pretendia. ─ O que houve?

Sunoo não se lembrava de muita coisa desde o momento que fôra dormir, apenas de estar mais frio que de costume, em consequência da chuva que tomou a retornar para a cabana após sua pequena aventura na confeitaria.

Todavia, não demorou à compreender o que havia acontecido. Enquanto Jay lhe explicava toda a situação desde o momento em que um médico de confiança dera seu diagnóstico, Sunoo saboreava a deliciosa canja de galinha com legumes e verduras trazida pelo americano, o fazendo ficar instantaneamente grato pelo alimento.

─ Pneumonia? ─ Questionou incrédulo, pousando a colher dentro da tigela, agora vazia, depois que Jay terminou sua narração.

─ Não se preocupa com isso, Sun, nós vamos cuidar de você. ─ Niki assegurou, ainda aninhado no peito do rapaz, ao que Jay acenava com a cabeça para confirmar as palavras do filho.

─ Senhor Park, eu agradeço muito a hospitalidade, mas um tratamento desse tipo é muito caro. ─ Lembrou desconfortável, e mesmo sentindo seus pulmões arderem pelo esforço, Sunoo tentou se levantar da cama para ir embora, sendo imediatamente impedido por Niki. ─ Não posso deixar que gaste seu dinheiro assim comigo.

─ Ora, deixe de besteiras! ─ Jay o repreendeu, se sentando ao seu lado na cama. ─ Você já cuidou tanto do meu Niki e o protegeu incontáveis vezes, está mais do que na hora de agradecermos e retribuirmos esse favor.

Com os olhos marejados, não só pela dor no peito, como também pela emoção de se sentir acolhido e não sabendo como discutir com Jong Seong a respeito do assunto, Sunoo, assentiu voltando a pousar sua cabeça no travesseiro macio, escutando com atenção Niki falar, animado, sobre suas ideias que revolucionariam o mundo para sempre antes de dar o horário do pequeno ir para a escola.

little mouse ✧ sunsun. Onde histórias criam vida. Descubra agora