❆𝐒𝐚𝐧𝐳𝐮 𝐇𝐚𝐫𝐮𝐜𝐡𝐢𝐲𝐨❆

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Sanzu Haruchiyo

Pronomes masculinos

Aviso! Esse imagine trata de temas como: Vício em  substâncias ilícitas, traição entre outros. Leia por sua conta em risco.


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 Sua vida nunca mais foi a mesma depois de tomar o primeiro comprimido. A sensação era tão boa que era impossível não querer repetir!

Mal sabia que esse era o começo do seu declínio

Tudo começou numa maldita festa, onde seu namorado lhe ofereceu um comprimido de analgésico. Não pensou que faria mal, afinal era seu namorado nunca lhe daria nada que te fizesse mal.

E como você estava errado.

Aos poucos passou a consumir comprimidos do tipo com mais frequência, até então não era um vício. Até aquele maldito dia.

"Depois de um dia exaustivo de trabalho você finalmente tomava o rumo de casa, tudo que seu corpo pedia era uma noite de sono abraçado em Miguel. Um sorriso brotou de seus lábios quando passou por uma doceria. "Vou comprar alguns marshmallows, são os favoritos dele!".

Tirou a mochila das costas procurando as chaves, você ouviu alguns barulhos esquisitos vindo de dentro da casa, mas não ligou muito, provavelmente Miguel estava vendo algum filme. Quando abriu a porta a sala estava vazia e a tv desligada, os barulhos ficavam cada vez mais altos e vinham da direção do quarto de vocês.

Você caminhava em direção ao quarto mas parou quando ouviu aquilo.

—M-Miguel! Por f-favor...- A voz era completamente desconhecida e as palavras saíram de forma manhosa e arrastada.

Quando abriu a porta do quarto sentiu uma imensa vontade de vomitar. Seu namorado se agarrando com outro homem na cama de vocês, a mesma cama onde vocês dormiam e declaravam palavras de amor durante a madrugada. A mesma cama onde ele te fez seu pela primeira vez, onde jurou que sempre estaria ao seu lado, para o resto das suas vidas.

E agora nessa mesma cama estava deitado um desconhecido.

Os dois logo perceberam a sua presença, O garoto tentou se cobrir com os lençóis enquanto Miguel o encarava com um olhar confuso e assustado.

—E-Eu posso explicar!- ele diz enquanto colocava de volta a calça.

—Eu acho que essa cena é bem auto-explicativa.- seus olhos se enchem de lágrimas.-Eu posso conversar com ele a sós?- Você se dirige ao garoto deitado, ele assente envergonhado. Ele recolhe as roupas jogadas no chão e levanta da cama ainda enrolado nos lençóis.

—D-Desculpa...- Ele disse quando passou por você na porta.

—Não são as suas desculpas que eu quero.-Você olhou de canto. Miguel foi até você.

—Me deixe explicar por favor!-

—Só vai embora, por favor não torne as coisas mais difíceis.-

—[Nome]...-"

Depois que Miguel foi embora você se entupiu com todos os comprimidos que tinha. Passou muito mal, quase teve uma overdose.

Depois disso só ficou cada vez pior, para esquecer a dor que sentia, cada vez mais usava doses maiores. Até que você não conseguia mais ficar sem o efeito da droga. Você não reconhecia o vício que tinha, você achava que conseguia se controlar, mas era mentira. Cada vez mais você se afundava nas próprias vontades e não conseguia mais se controlar.

Foi aí que seus pais intervieram, convenceram você a ir para uma clínica para dependentes químicos. E agora lá estava você, dentro de um carro indo em direção ao local onde passaria um bom tempo de sua vida.

Seu pai estaciona o carro em uma das vagas. A clínica ficava em um terreno mais afastado da cidade, praticamente uma casa de campo, tinha um visual calmo e acolhedor. O diretor esperava na porta com um sorriso acolhedor.

Seu pai e ele se cumprimentaram e começaram a conversar sobre algo, você não prestou muita atenção, estava mais ocupado observando dois passarinhos azuis que estavam pousados na cerca de madeira.

Você se despediu do seu pai e o diretor te guiou para dentro da enorme casa. O interior era completamente branco, parecia um hospital. Ele te explicou sobre como funcionaria o tratamento e sobre as regras do local, logo em seguida te guiou para o segundo andar, onde ficavam os aposentos.

—Em cada quarto dorme duas pessoas, é uma medida para ajudar na socialização dos pacientes. Seu colega está em uma das oficinas do período da tarde, se quiser se inscrever em alguma me procure depois. Agora vou deixar você se organizar.- ele abre a porta do quarto e vai embora.

O quarto era branco, tinha duas camas de solteiro, duas mesas de cabeceira ao lado de cada uma, um guarda-roupas e uma porta que deveria dar no banheiro. Uma das camas estava bagunçada com uma muda de roupa dobrada sobre ela. Você jogou a sua mochila sobre a outra cama e se deitou. Estava exausto, tinha sido uma viagem longa até a clínica, não demorou muito para pegar no sono.

...

Acordou com a porta sendo aberta, você tirou a cara do travesseiro pronto para xingar o ser miserável que te acordou, mas parou ao ver de quem se tratava.

Seus olhos azuis piscina contrastavam com os cabelos rosas cortados perfeitamente em uma espécie de mullet. As duas cicatrizes, uma de cada lado da boca, destacavam seus labios, junto com os piercings nas orelhas. Seu coração errou as batidas com a beleza do homem.

—Você deve ser o meu novo colega de quarto.- ele se senta na outra cama.- Meu nome é Sanzu Haruchiyo. Qual o seu nome?-

—[Nome] [Sobrenome]- Você murmurou contra o travesseiro.

—Interessante...Qual o motivo de você vir parar aqui?-

—Um bem parecido com o seu, suponho.- você se cobriu com o lençol que tinha na cama. Você ouviu uma risada abafada por conta do cobertor.

Agora, talvez, sua vida ali não seria tão chata assim...


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𝕃𝕠𝕧𝕖 𝕚𝕤 (𝕟𝕠𝕥) 𝕖𝕒𝕤𝕪,  𝓲𝓶𝓪𝓰𝓲𝓷𝓮𝓼Where stories live. Discover now