Facas e palavras

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"Oh não! Isso é uma faca?! Faquinhas são meu ponto fraco!"

"E falar demais também..."

[...]

Capítulo Único: Aranhas não conseguem ficar quietas.

Era tarde da noite, mas a cidade de Nova Iorque nunca dormia e o Homem-Aranha sabia bem disso. Sentado no alto do seu prédio favorito, ele varreu a cidade com os olhos, em busca de qualquer crime que pudesse impedir.

Aquele dia estava difícil para o herói, quase não conseguiu realizar a patrulha por causa do próprio pai. Seu velho estava tão preocupado com ele depois do evento com o Abutre que ficou cada vez mais difícil atuar pelas ruas sem ouvir pelo menos uma palestra de como ele deveria tomar mais cuidado com sua vida. E Peter se sentia constrangido toda vez.

Tomava cuidado, mas seu talismã e sua maldição era falar demais. Sempre se distraia com isso, do medo e dos bandidos. Então podia levar algum ataque indesejado de vez em quando. O que sempre preocupava Tony, seu pai, quando voltava de suas rondas.

Tá que Tony Stark não era seu pai biológico, mas nos papéis sim, desde que fora adotado após a morte de sua única responsável, Tia May. Peter não gostava muito de falar sobre isso, se sentia um lixo toda vez que lembrava do acidente e que ele poderia SIM tê-la salvado, não importava quantas vezes ele fosse se deitar, May sempre aparecia em seus sonhos... ou pesadelos.

Seu pai sabia como era, então sempre que Sexta avisava sobre os batimentos cardíacos de seu filho, acordava como um raio e ia atrás. Pepper com seu sono leve, acordava também e observava os seus dois meninos da batente da porta. Peter era seu filho também, mas não conseguia fazer muito naquelas situações envolvendo pesadelos e ela sabia que Tony estava mais capacitado para conversar com o garoto.

Não que Peter fosse falar, mas considerava os dois como pais desde os quinze, então quando foi adotado por eles aos dezessete não foi difícil chamá-los de pais. Agora ele tinha dezenove, cursando MIT e se preparando para herdar as indústrias Stark com sua mãe. Fazia dois anos, da doação e da perda de sua figura materna May.

Ele não poderia estar mais grato pelas pessoas que estavam ali por ele. Seus pais, Ned, MJ, Wade, Matt, os Vingadores (agora com ele sendo um), Happy, Betty, Gwen e até mesmo Flash que depois de saber sobre a morte de sua tia se reconciliou e tentou ser um bom amigo para Peter (felizmente, conseguiu).

"Peter, assalto, um homem com uma faca assaltando uma senhorinha, seu tipo de crime preferido para intervir. Hora da ação?" Karen interrompe os pensamentos do jovem Stark-Potts.

"Hora da ação!" Homem-Aranha diz, se jogando do prédio e prendendo uma teia em outro, se balançando rumo a localização que mostrava em sua tela na máscara.

Quando pousou, fez questão de pousar com estilo, dando logo uma pesada na cara do meliante, que derrubou a bolsa da senhorinha. Peter fez questão de pegá-la e entregar para a moça, que agradeceu antes de ir para um lugar seguro seguindo as instruções do herói.

"Homem-Aranha?!" O meliante se levanta, segurando a cabeça com uma das mãos. A faca estava em outra, apontava para o vigilante.

"Oh, não! Isso é uma faca? Faquinhas são meu ponto fraco!" Dramatizou com as mãos, antes de avançar para cima com um gancho de direita que infelizmente não desestabilizou o ladrão o suficiente.

"Que isso, cara! Tá maluco?" O bandido tenta investir com a faca, tendo o pulso segurado e entortado por Peter. O cara gritou de dor, caindo no chão e largando a faca.

Entre surtos e sermões [Pai de Ferro & Filho Aranha]Onde histórias criam vida. Descubra agora