__PAUSADA__
"- Eu amo as estrelas, sabia?
Falo olhando para ela enquanto estamos deitados no gramado de casa.
- Eu também amo elas.
Se volta para mim sem tirar os olhos do céu, inclinando o rosto para a palma da minha mão, apreciando o carinho qu...
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Levanto rápido sentindo a minha cabeça latejar.
Eu bebi demais ontem, mas mesmo assim me lembro da noite.
Onde eu e Luigi conversamos sobre a minha família enquanto estávamos bem alterados. Ou do momento fofo.
Ele é uma ótima companhia.
Só isso.
E por isso vou sair com ele hoje.
Tempo depois:
Passaram-se algumas semanas, onde eu fiz várias escolhas.
* Trancar o curso na faculdade. * Sair com a companhia que mais aprecio.
Assim eu e Luigi saímos e fomos a lugares. Falamos sobre nossos gostos e os comparamos.
Contamos sobre nós mesmos. Enfim, nos conhecemos. Fomos a uma cachoeira, e também a um museu de arte grega, e vários outros lugares, inclusive voltamos na barraca de cachorro quente do casal brasileiro.
E entre todas essas saídas nós nos beijamos várias vezes. Por sentirmos uma atração Luigi nos deu o título de namorados não assumidos, e eu gostei.
Então concordei porque com isso eu ficava perto dele e não precisava dar nada em troca.
E agora no ônibus encarando o celular, eu olho a foto que ele tirou quando fomos numa cachoeira.
Nesse tempo minha mãe me convenceu a ir em um novo psicólogo, e hoje era o dia da consulta.
— Stella Maria Gruber— me viro e vejo a porta aberta.
Caminho até a porta que uma mulher segura aberta para mim.
Assim que entro, sinto o cheiro de aromatizante de ambiente, olho para o local que é meticulosamente arrumado. Olho para ela e me demoro nos seus olhos bicolores, que combinam com sua pele bronzeada.
— Pode se sentar Maria— aponta para o sofá no canto da sala.
— Me chame de Stella por favor— peço educada, já sentando no sofá.
— Como preferir— fala simples, vejo que ela tirou os sapatos ficando só de meia—então Stella, consta aqui que você veio "tratar" traumas passados— diz fazendo aspas com os dedos.
Franzo a testa.
— Consta também que foi minha mãe que escreveu o isso?— digo sorrindo de lado.
Ela dá uma risadinha.
— Não vou te tratar— anuncia séria— a não ser que esteja doente, porém eu encaro minha profissão como: Você vem até mim para fazer o que não tem com quem fazer. Que é falar. E ponto, não vou te tratar, vou tentar fazer você entender... Você se considera uma pessoa doente?
