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Meus pensamentos vivem indo em direção a ele, meus olhos fechados enxergando sua face e seu sorriso ardente, que fica tão doloroso de desviar. Seus olhos eram feitos de cristais de tão impenetráveis emoções vívidas.
E era ele, sempre foi.
Abro meus olhos e olho para a janela, vendo árvores de diferentes tons de verde, tão magnífica a forma em que se mistura e balança ao vento.
- Você está me ouvindo? - Pergunta meu irmão do banco atrás do meu. - Eu te fiz uma pergunta.
Sorrio e olho para ele; a primeira coisa que percebo é seu cabelo loiro bagunçado e seus deslumbrantes olhos azuis.
- Desculpa por apreciar a natureza COCO. - Dou ênfase no apelido que ele odeia. - Você deveria fazer o mesmo idiota.
Matt revira os olhos e levanta a cabeça encostando-a no banco.
- Já tenho uma bela vista em minha frente. - Diz sorrindo de lado. - A mamãe é uma obra de arte.
Reviro os olhos e bato em sua perna.
- Seu merdinha.
Ele começa a gargalhar. E era tão impossível desviar os olhos, o sorriso e a beleza pura dele era contagiante.
- Pelo jeito que seus olhos estão brilhando... - Para no meio da fala e encara meus olhos. - Eu sou a obra de arte.
Dou uma risada e me viro para nossa mãe que está dirigindo.
