good girl?

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— Ah... A-Ah! Oh! – a loira tentava reprimir, sem sucesso, os gemidos enquanto a latina tinha sua língua passeando por toda intimidade da mesma. — Porra! Eu vou gozar! – segurou o cabelo de Camila firmemente e arqueou suas costas para trás sentindo seu corpo dar sinais que chegaria em seu ápice. A morena apertou sua coxa com mais força deixando as marcas dos dedos finos na pele clara, olhou a loira nos olhos antes de penetra-la com a língua então a prostituta se explodiu em êxtase sentindo seu orgasmo consumi-la em prazer.

Era a 5° na semana e era quinta-feira.

Ou seja, Camila tinha uma para cada dia.

Era uma das vantagens de ser amiga íntima do dono da boate, Zayn Malik fazia questão que a latina tivesse as melhores, e somente as melhores, acompanhantes de luxo ao seu lado, os melhores drinques e os melhores assentos para assistir os shows de strip. Haviam se conhecido após o homem ser denunciado por um dos ricassos que queria ser "atendido" por uma dançarina que não fazia esse tipo de "serviço". Zayn interferiu, o que o deixou furioso e acabou sendo acusado injustamente de esquema de prostituição de menores, Camila analisou a situação e entrou como sua advogada no caso. Eles ganharam a causa e logo depois Malik deu um jeito no velho inconveniente, e sim, "aquele jeito". A latina sabia que ele não era um cidadão que andava na linha da lei, sabia bem disso, e se sentia uma hipócrita de merda por ser uma agente da "lei", mas também sabia que o homem tinha boas intenções e bom coração. Era por isso que gostava sua companhia, ele ainda era gentil em meio todo caos.

Camila sentia uma tremenda inveja disso.

Após 10 anos muitas coisas haviam mudado, a latina se lembra de tudo perfeitamente. Ela chegou em Boston, começou a faculdade, um ano depois Shawn veio morar com ela, ela se formou em direito e logo após, seu "namorado" concluiu o bacharel em arquitetura. Eles conseguiram ótimos empregos, o homem a pediu em noivado e ela aceitou.

A única coisa que Camila não se lembra ao certo é qual foi o momento em que começou a beber todos os dias e frequentar lugares como esse, ela ainda tinha o cheiro de whisky caro, a atmosfera de sexo impregnada em suas roupas e principalmente o vazio em seu olhar. Ela não procurava por prazer como todos que estavam ali, ela procurava uma maneira de parar a dor e essa funcionava bem.

Se levantou e não fez cerimônias para se despedir da loira, apenas vestiu suas roupas, colocou o dinheiro no envelope em cima do frigobar e saiu depois de pegar uma garrafa de vinho. Caminhou até o estacionamento, deu um suspiro cansado e começou a beber pelo gargalo, ela não se importava se soaria anti ético, entrou no carro e deu partida.

Todos os dias. A mesma coisa.

Camila ainda tinha esperança de bater em algum caminhão, qualquer coisa que não a fizesse encarar sua realidade de merda.

(...)

— Você demorou. – a voz masculina soou e a latina pode ver seu "noivo" sentado no sofá, óculos de grau e um livro em mãos.

— Você sabe que não precisa me esperar chegar. – Camila respondeu direta. — É exatamente por isso que dormimos em quartos separados.

— Mas eu ainda sou seu noivo. – se levantou. — Sei que não se importa, mas... – fechou os olhos respirando fundo. — Mas eu te amo.

— Ok. – ela disse com desdém antes de caminhar até sua suíte e trancar a porta, sentiu o silêncio engolir seus pensamentos e foi até o banheiro, encheu a banheira e tirou suas roupas entrando na água morna.

"Miami"

"Mãe"

"Pai"

"Pecado"

"Vergonha"

"Felicidade"

"Amor"

"S/n S/s"

Tremeu com o último pensamento. Não havia um único dia em que sua mente não rebobinava a imagem da garota em sua mente, era uma maldição, ela ainda a amava e sabia que ninguém nunca seria capaz de substitui-la. Por tantas vezes pensou em voltar, em mandar uma carta ou talvez aparecer em sua porta para se redimir e talvez reconquista-la, mas já era tarde demais. E por mais que fizesse, ainda sentia medo de seus pais e de toda comunidade que estava inserida, pelos seus colegas de trabalho Camila é vista como uma mulher bem sucedida, comportada e com um casamento estável a caminho. Seus pais tinham orgulho da primogênita dos Cabello, uma promotora de justiça com uma carreira impecável, e apenas de pensar no julgamento que passaria se descobrissem a sujeira que ela realmente é, já visualizava as expressões de nojo para si, engoliu em seco e cerrou os olhos imergindo parte do rosto na água.

Não sentia repulsa e tampouco vergonha de seus hábitos noturnos, o peso de ser uma covarde era bem maior. O que Camila queria era S/n, era voltar para seus braços e dizer aquilo que nunca conseguiu dizer para mais ninguém. Ela queria os verões do colégio de volta, os amigos e a sensação de liberdade correndo pelas suas veias. Mas era tarde.

Saiu da banheira e foi até seu closet, vestiu seu pijama e fitou o relógio "04:00AM", se deitou sentindo o álcool se esvair aos poucos de seu organismo. Era nesses momentos, olhando para o teto branco de seu quarto, que gostava de imaginar seu presente com S/n e de como as coisas seriam se fosse ela ao seu lado.

Como tudo seria se as coisas fossem do jeito que ela queria?

— Camila. – a voz de Shawn acompanhadas de batidas na porta ecoaram o cômodo e a latina se levantou indo até ele, sua expressão estava pálida e preocupada. — Precisamos ir para Miami.




[n/a: SAIU A NOTÍCIA QUE O MUNDO NÃO ACREDITOU!

vocês não sabem o quanto eu to feliz por poder dar continuidade a essa estória, sério obrigada por me incentivarem e pedirem por mais, é justamente isso que me faz continuar. por favor, comentem o que estiverem achando, votem e aproveitem oficialmente a segunda temporada de good girl!!!$$&&

até breve!]

not so good girl | book two - cc + youOnde histórias criam vida. Descubra agora