09 | Passado, Presente e Encantados

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#CaçandoVagalumes

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#CaçandoVagalumes

Hoseok demorou a aparecer após Yoongi hyung ceder aos pedidos para conversar com ele e, pela chuva que viria nas próximas horas, meu pai incitou Jimin e eu a entrarmos em casa. Contudo, o Park, qual meramente aparecia na residência sem um convite formal, agia de maneira divergente, negando várias vezes. Porém, bastou um murmúrio taciturno da minha parte para Ariel acatar a ordem de Junghyun e calçar as pantufas reservadas apenas para si.

Embora meu vizinho estivesse na minha casa, não pude conter o anseio em contar sobre os acontecimentos daquele dia para Sunmi. Disquei o número decorado e liguei de imediato, comunicando ao Jeon que iria para meu quarto, apontando com a mão livre para a escadaria e posicionei o aparelho telefônico na orelha, subindo vagarosamente com um duende sonolento equilibrando-se no meu ombro.

Todavia, parei no topo da escada, franzindo o cenho quando a chamada foi recusada e estalei a língua na boca, escutando as vozes baixas dos humanos. Eu não deveria escutar a conversa alheia, entretanto, a menção do meu nome aguçou a curiosidade e sequer contive-me ao assentar no último degrau, me concentrando no falatório, posicionando o indicador sobre os lábios para que Nana permanecesse em silêncio.

ㅡ Jungkook me disse que terminou com a Seulgi... Fez isso mesmo? ㅡ o timbre do meu pai estava baixo e deduzi que acaso não tivesse a audição perspicaz pelos genes bruxos, jamais poderia ouvi-lo. ㅡ Seus pais já sabem?

O avermelhado soprou uma risada em declínio, carregada de falsa diversão e considerei que, movido pelos efeitos do feitiço, o Park nem mesmo soubesse lidar com os acontecimentos.

ㅡ Não posso contar 'pra eles, são capazes de me expulsar de casa só por imaginarem uma coisa dessas, Junghyun. Mas, eu não posso continuar mentindo...! ㅡ desci alguns degraus, sorrateiro e mordi o lábio inferior ao observar o rapaz machucando os próprios dedos, visivelmente nervoso. ㅡ Prometi a Gi que faria tudo 'pra sairmos juntos dessa merda de sociedade, mas não dava 'pra continuar enganando a todo mundo, principalmente apaixonado por outra pessoa.

Enverguei o cenho, questionando o quanto eu sabia sobre Jimin. As palavras de Min Ho retumbavam nas lembranças acerca dos segredos que levavam o humano a ser abandonado, assim como suas próprias ações quando tratava-se dos seus progenitores ou de onde vinha, conhecido como um lugar dominado por milionários de famílias tradicionais e conservadoras.

Incluir Kang Seulgi, subjetivamente, impunha a hipótese de uma união arranjada para a junção de nomes e concentração de poder em escora nos herdeiros.

ㅡ Você faz promessas que talvez nunca possa cumprir, pirralho. ㅡ pisquei os olhos, lubrificando as escleras e enxerguei o médico sentar no sofá com o adolescente, abraçando os joelhos. ㅡ Jimin, você só tem dezoito anos. Apesar de faltar alguns meses 'pra maioridade, você não pode tomar as problemáticas do mundo 'pra si... Não cabe a nós, seres humanos, resolvermos coisas que nem mesmo o próprio Deus consegue.

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