capítulo 01 . degustação 💗

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Aurora — Posso falar com a senhora Dank?

Secretária — Quem devo anunciar?

Aurora — Aurora Blash. (Ela sorri, mas seus olhos são de aço.)

Secretária — Pode entrar.

Aurora — Olá, senhora Dank. (Aurora entra com passos firmes, encarando a diretora com uma confiança que beira a provocação.)

Sra. Dank — O que você está fazendo aqui, Aurora?

Aurora — Estou de volta, claro. (Ela se joga no sofá como se estivesse em sua própria sala, observando a reação contida de Dank.)

Sra. Dank — Você não vai ficar aqui. Esse tempo acabou.

Aurora — Vai sim. Vou brilhar, senhora Dank. Em cada estreia, cada palco... vou ser a melhor. (Ela respira fundo, o ar saindo em um suspiro calculado.)

Sra. Dank — E se não for?

Aurora — Aí, aquele vídeo vai brilhar nos celulares de todo mundo. Pais, alunos, patrocinadores… ninguém vai ficar sem saber. O que me diz? (Ela sorri de canto, os olhos cheios de um brilho quase ameaçador. Dank empalidece.)

Sra. Dank — Bem-vinda de volta, então.

Aurora — Meu antigo quarto, imagino? (O sorriso cínico de Aurora desarma qualquer resistência da diretora.)

Sra. Dank — Sim, seu antigo quarto. (A resposta sai gélida, mas submissa.)

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Aurora — Não senti falta alguma deste lugar. (Ela abre o zíper da mala, quase arrancando o fecho, como se desafiasse o próprio quarto.)

Lisa — Então por que voltou? (Ela entra sem bater, seus olhos refletindo uma mistura de curiosidade e desprezo.)

Aurora — Saia do meu quarto.

Lisa — Ah, então perceberam que você não tem talento algum, não é?

Aurora — É melhor sair antes que eu quebre esse seu pezinho de novo.

Lisa — Eu não tenho medo de você. (Aurora se aproxima, sua presença quase sufocante.)

Aurora — Devia ter. Já esqueceu o que aconteceu da última vez que disse isso? Agora, suma. (Ela deixa sua mão deslizar pela cadeira ao lado de Lisa, quase como uma promessa velada.)

Lisa — Então tenta. (Ela hesita, mas não recua, embora o medo esteja ali, oculto em seu olhar.)

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Tati — Aurora? Você voltou! (Ela a envolve em um abraço apertado.)

Aurora — Não por muito tempo.

Tati — Estava com saudades.

Aurora — Eu sei. Todo mundo estava, não é? (Ela sorri com um ar enigmático, como se já soubesse a resposta.)

Tati — Todo mundo vai cair em cima de você, você sabe disso, né?

Aurora — Claro. Mas deixa comigo. E as novatas? Como elas estão?

Tati — Ah, estão bem. As melhores são uma brasileira e uma argentina, dão trabalho pra gente. (Ela se joga na cama, exausta, mas rindo.)

Aurora — Vou ficar de olho.

Tati — Sabe, não deixaram ninguém usar este quarto depois que você foi embora.

Aurora — Ainda bem. (Ela sorri satisfeita, o olhar brilhando de superioridade.)

Tati — E seus pais? O que disseram sobre você voltar para Chicago?

Aurora — Meus pais só querem que eu fique longe dos negócios. Desde que eu não incomode, estão satisfeitos.

Tati — Vai para a aula hoje?

Aurora — Preciso resolver algumas coisas, mas amanhã estou lá. (Ela pisca, deixando uma provocação no ar.)

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Japa — Minha bailarina está de volta?

Aurora — E você acha que eu ia sumir assim?

Japa — O que quer? (Ele a olha com desconfiança.)

Aurora — Tem oxi?

Japa — Já disse, não vendo para qualquer um. (Ele a observa, como se medisse sua lealdade.)

Aurora — Eu não sou qualquer uma. Sou uma cliente fiel. (Ela se senta em um banco, o olhar fixo e quase hipnotizante sobre ele.)

Japa — Só não me diga onde conseguiu. A menos que haja um pagamento envolvido. (Ele joga três pequenos pacotes no colo dela, sem desviar os olhos.)

Aurora — Adoro você. (Ela se inclina e lhe dá um beijo rápido na bochecha, deixando uma marca de batom.)

Japa — E não tem medo de descobrirem quem está levando oxi para o “santuário das bonecas”? Vão rastrear você algum dia.

Aurora — Desde que dancemos bem, Japa, eles não ligam.

Japa — Então, até qualquer outro dia, bailarina. Cuide-se.

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Luca — Voltou com tudo, hein?

Aurora — E com o melhor de tudo.

Luca — O que trouxe para mim?

Aurora — Oxicodona. (Ela sussurra, os olhos faiscando de um mistério perigoso.)

Luca — Posso te pagar depois? (Ela segura o produto, puxando-o para longe dele.)

Aurora — Dinheiro primeiro. Ou nada feito.

Luca — Aqui. Achei que eu fosse cliente especial.

Aurora — Luca, só estou te vendendo porque você é meu par. Se não fosse, estaria perdido. Não ajudo inimigos.

Luca — Sabe, princesa, você está por fora. Não sou mais seu par. (Ele se afasta, com um sorriso que a desafia.)

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