Aurora — Posso falar com a senhora Dank?
Secretária — Quem devo anunciar?
Aurora — Aurora Blash. (Ela sorri, mas seus olhos são de aço.)
Secretária — Pode entrar.
Aurora — Olá, senhora Dank. (Aurora entra com passos firmes, encarando a diretora com uma confiança que beira a provocação.)
Sra. Dank — O que você está fazendo aqui, Aurora?
Aurora — Estou de volta, claro. (Ela se joga no sofá como se estivesse em sua própria sala, observando a reação contida de Dank.)
Sra. Dank — Você não vai ficar aqui. Esse tempo acabou.
Aurora — Vai sim. Vou brilhar, senhora Dank. Em cada estreia, cada palco... vou ser a melhor. (Ela respira fundo, o ar saindo em um suspiro calculado.)
Sra. Dank — E se não for?
Aurora — Aí, aquele vídeo vai brilhar nos celulares de todo mundo. Pais, alunos, patrocinadores… ninguém vai ficar sem saber. O que me diz? (Ela sorri de canto, os olhos cheios de um brilho quase ameaçador. Dank empalidece.)
Sra. Dank — Bem-vinda de volta, então.
Aurora — Meu antigo quarto, imagino? (O sorriso cínico de Aurora desarma qualquer resistência da diretora.)
Sra. Dank — Sim, seu antigo quarto. (A resposta sai gélida, mas submissa.)
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Aurora — Não senti falta alguma deste lugar. (Ela abre o zíper da mala, quase arrancando o fecho, como se desafiasse o próprio quarto.)
Lisa — Então por que voltou? (Ela entra sem bater, seus olhos refletindo uma mistura de curiosidade e desprezo.)
Aurora — Saia do meu quarto.
Lisa — Ah, então perceberam que você não tem talento algum, não é?
Aurora — É melhor sair antes que eu quebre esse seu pezinho de novo.
Lisa — Eu não tenho medo de você. (Aurora se aproxima, sua presença quase sufocante.)
Aurora — Devia ter. Já esqueceu o que aconteceu da última vez que disse isso? Agora, suma. (Ela deixa sua mão deslizar pela cadeira ao lado de Lisa, quase como uma promessa velada.)
Lisa — Então tenta. (Ela hesita, mas não recua, embora o medo esteja ali, oculto em seu olhar.)
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Tati — Aurora? Você voltou! (Ela a envolve em um abraço apertado.)
Aurora — Não por muito tempo.
Tati — Estava com saudades.
Aurora — Eu sei. Todo mundo estava, não é? (Ela sorri com um ar enigmático, como se já soubesse a resposta.)
Tati — Todo mundo vai cair em cima de você, você sabe disso, né?
Aurora — Claro. Mas deixa comigo. E as novatas? Como elas estão?
Tati — Ah, estão bem. As melhores são uma brasileira e uma argentina, dão trabalho pra gente. (Ela se joga na cama, exausta, mas rindo.)
Aurora — Vou ficar de olho.
Tati — Sabe, não deixaram ninguém usar este quarto depois que você foi embora.
Aurora — Ainda bem. (Ela sorri satisfeita, o olhar brilhando de superioridade.)
Tati — E seus pais? O que disseram sobre você voltar para Chicago?
Aurora — Meus pais só querem que eu fique longe dos negócios. Desde que eu não incomode, estão satisfeitos.
Tati — Vai para a aula hoje?
Aurora — Preciso resolver algumas coisas, mas amanhã estou lá. (Ela pisca, deixando uma provocação no ar.)
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Japa — Minha bailarina está de volta?
Aurora — E você acha que eu ia sumir assim?
Japa — O que quer? (Ele a olha com desconfiança.)
Aurora — Tem oxi?
Japa — Já disse, não vendo para qualquer um. (Ele a observa, como se medisse sua lealdade.)
Aurora — Eu não sou qualquer uma. Sou uma cliente fiel. (Ela se senta em um banco, o olhar fixo e quase hipnotizante sobre ele.)
Japa — Só não me diga onde conseguiu. A menos que haja um pagamento envolvido. (Ele joga três pequenos pacotes no colo dela, sem desviar os olhos.)
Aurora — Adoro você. (Ela se inclina e lhe dá um beijo rápido na bochecha, deixando uma marca de batom.)
Japa — E não tem medo de descobrirem quem está levando oxi para o “santuário das bonecas”? Vão rastrear você algum dia.
Aurora — Desde que dancemos bem, Japa, eles não ligam.
Japa — Então, até qualquer outro dia, bailarina. Cuide-se.
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Luca — Voltou com tudo, hein?
Aurora — E com o melhor de tudo.
Luca — O que trouxe para mim?
Aurora — Oxicodona. (Ela sussurra, os olhos faiscando de um mistério perigoso.)
Luca — Posso te pagar depois? (Ela segura o produto, puxando-o para longe dele.)
Aurora — Dinheiro primeiro. Ou nada feito.
Luca — Aqui. Achei que eu fosse cliente especial.
Aurora — Luca, só estou te vendendo porque você é meu par. Se não fosse, estaria perdido. Não ajudo inimigos.
Luca — Sabe, princesa, você está por fora. Não sou mais seu par. (Ele se afasta, com um sorriso que a desafia.)
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A Minha Última Chance
Teen FictionO ballet é um esporte, e como qualquer esporte existe muitos talentos esperando serem descobertos... Ele é como o futebol, em uma várzea dezenas de garotos se esforçam para chamar atenção do olheiro do time que irá lhe colocar sob os olhos do mundo...