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Aurora - Ela senta na cama, separando analgésicos em pequenos saquinhos com precisão, mas sua expressão é de pura indiferença. Ela não tem provas, então não vai dar em nada.

Tatiane - A voz dela fica mais grave e preocupada, a tensão evidente em cada palavra. Falou na escola inteira que foi você quem machucou o tornozelo dela. Isso pode te ferrar, Auro.

Aurora - Ela olha para Tatiane com um olhar vazio, quase inexpressivo. Antes de me ferrar, eu mato ela e enterro o corpo no jardim. A voz dela tem uma calma assustadora. E mando regar todos os dias até nascer um pé de vadiazinha. Ela sorri de forma maquiavélica, como se a ameaça fosse trivial.

Lisa - De repente, a voz de Lisa surge, com um tom sério, saindo da porta, os braços cruzados. Se ela sumir, já sei onde procurar Aurora Ela não se abala, mantendo o sorriso como se estivesse apenas fazendo uma brincadeira. Você sabe que é brincadeira, né? Eu nunca esconderia um corpo tão fácil de ser achado. Ela dá uma risada sombria, virando as costas para que Tatiane possa fechar o cordão de seu casaco.

Lisa - Ela encara Aurora com uma expressão meio desconfiada. Vamos?

Aurora Ela pega sua sapatilha com um suspiro, trancando a porta do quarto com uma chave na mão. Vamos. Elas saem e atravessam o corredor, onde os cochichos começam a ficar mais evidentes. Aurora ouve murmúrios sobre Luiza e o tornozelo machucado, alguns afirmando que ela nunca mais dançaria ballet. Ela não consegue deixar de pensar: os fuxicos são como fogo. Começam com uma faísca e logo viram um incêndio.

À medida que elas passam, Aurora vê Luiza com uma faixa no tornozelo, conversando com suas amigas. Aurora se aproxima com uma expressão descontraída, mas sua mente está em alerta Aurora - Ela lança um olhar calculado para Luiza, mantendo a voz suave, mas cortante. Oi, Luiza. Como está o tornozelo?

Luiza - Ela tenta esconder a irritação, mas a dor ainda é clara em seus olhos. Melhor. Vou ficar só três semanas afastada.

Aurora Ela faz um movimento de falsa simpatia, mas a voz é cheia de veneno. Que bom. Poderia ser pior, né? Talvez um tendão rompido, ou até algo mais severo.

Luiza - Ela estoura, a raiva acumulada transbordando, e grita. Você é maluca!

Aurora - Ela dá um passo à frente, seu sorriso se transforma em um semblante ameaçador, a frieza em seu tom é palpável. Peça desculpas. Isso não é maneira de falar com uma amiga.

Luiza - Sem aviso, Luiza dá um tapa em seu rosto, a raiva transbordando em seu gesto.

Luiza Ela se aproxima com um olhar feroz, os dentes apertados. Você é maluca! Eu vou acabar com a sua vida.Lisa - Ela avança imediatamente, o tom de sua voz carregado de ameaça. Qual é, Luiza? Tá maluca de falar assim com ela? Se encostar nela de novo, eu te esfolo viva.

Luiza - Ela ri de forma sarcástica, se virando para Lisa. Virou mais uma capacho dela?

Lisa - A tensão aumenta, o ódio visível em cada palavra. Não. Mas se encostar nela de novo, vai se arrepender!

Aurora Ela interfere, colocando as mãos nas costas de Lisa, tentando manter o controle da situação. Tá tudo bem, Lisa, está tudo bem. Ela vira-se para Luiza, com uma calma desconcertante, o sorriso imutável. Eu te perdoo, Luiza. Deve estar passando por um momento difícil. Ela a abraça de maneira forçada e sussurra em seu ouvido. Lembre-se, você vai se arrepender. Eu vou acabar com você. Ela se afasta abruptamente e dá um sorriso frio. Tchauzinho, melhoras

Frederico - Com um tom autoritário, ele observa todos, sua presença imponente dominando a sala. Bom dia a todos. Imagino que todos tenham recebido o livro Fallen. Nossa coreografia será baseada na história, mas ainda não sei quem serão meus protagonistas. Esse processo será avaliado a partir do segundo dia, quando vocês já tiverem incorporado a coreografia.

Aurora Ela levanta a mão, interrompendo Frederico com um sorriso afiado. Senhor Frederico, creio que conhece meus pais.

Frederico Ele olha para ela, surpreso, mas sua voz permanece profissional. Claro, conheço sua mãe. Ela era talentosa no ballet, mas o mundo da indústria a conquistou.

Aurora - Ela desvia o olhar, com um tom quase provocador. Espero que não seja de família.

Frederico - Ele sorri de forma ligeira, sem perceber a provocação. Você está ótima. Continue assim.

Aurora Ela sorri, mas o sorriso é mais frio do que grato. Obrigada. Ela se levanta e sai, indo ao encontro de Tatiane.Tatiane - Ela está de pé, visivelmente incomodada, com a expressão tensa. Meu pé tá me matando...

Aurora - Ela a olha com um olhar preocupado, mas sem se deixar abalar. Já tomou tudo?

Tatiane - Ela balança a cabeça, exasperada. Sim, mas ainda preciso de mais.

Aurora - A expressão de Aurora se endurece, sua voz se tornando mais grave. Tati, vai com calma. Isso é perigoso. Pode acabar com a sua vida. Eu vou te vender o suficiente para a apresentação, depois acabou.

Tatiane - Ela dá uma olhada desesperada, já sentindo os efeitos da dor. Tá bom, pode deixar.

Aurora Ela dá um último olhar firme para Tati, a voz baixa, quase como um aviso. Eu não quero ser responsável pela sua desgraça. Não quero me culpar de novo.

Lisa - Ela interrompe, com um tom curioso, mas ao mesmo tempo cético. De novo?

Aurora Ela olha para Lisa, a expressão se tornando tensa, antes de responder em tom baixo. Nada, é um assunto nosso. Ela se afasta, o mistério pairando no ar, deixando a sala cheia de um silêncio carregado.

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