Capítulo - 3

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Tomo banho, visto minha saia preta que fica bem colada no meu corpo valorizando minhas curvas, uma blusa cor creme de seda, de alças, e por cima um blazer da mesma cor que a saia.
Faço uma make bem básica, só com rímel e um batom nude.

Coloco meus brincos de argola que são pequenos, mas nem tanto, um colar com pingente de borboleta, minha mãe que me deu há anos atrás.
Coloco meu relógio dourado. Por fim calço meu salto scarpin preto de sola vermelha.

Bem burguesa ela, minha mente fala.

Por que tudo que eu vivo, olho, escuto ou falo, minha mente já lembra ou cria um meme? Eu hein.

Desço até a cozinha e lembro de Rafa, se ele estivesse na mesma cidade que eu ele já estaria aqui na cozinha preparando café para mim, como o bom escravo que ele é.

Digo, amigo, como o bom amigo que ele é. Já estou com saudades dele.

Me apresso para sair logo de casa e passar no Starbucks para comprar meu café da manhã.

Meu celular toca, mas quando vou até ele para atendê-lo ele desliga. Logo aparece uma mensagem da minha irmã.

"É melhor você andar logo se não quiser se atrasar com o trânsito infernal daqui!" - minha irmãzinha fala no áudio me lembrando que ainda tem mais essa.

Droga!

Havia me esquecido que essa cidade tem um transito BEM diferente de Brasília, o trânsito de lá é ruim, mas comparado o daqui é o paraíso.

Vou até o meu carro que está na garagem do prédio, e começo a dirigir o mais rápido possível para o Starbucks daqui pela localização do GPS, que graças a Deus me leva realmente pra lá.

As vezes esses GPS nós leva até para o cu do mundo menos para o lugar que nós queremos.

Parece que demoraram anos para fazer meu pedido, eu pedi apenas um café duplo, dois pães de queijo médio e um sonho.

Talvez eu esteja apenas nervosa demais para o meu primeiro dia, e esteja um pouco atrasada, aí parece que os segundos se tornam horas.

Quando terminou o meu pedido eu paguei rapidamente que nem um foguete.

Cheguei até o escritório que irei trabalhar, e minhas mãos começam a suar e eu fico um pouco tensa.

Porra! Por que meu corpo está agindo tão dramaticamente, como se eu fosse para o meu fim?

Parece até que estou em um filme de drama ou sei lá, quando a personagem sente que a partir dali será o fim dela.

Eu hein.

Respiro fundo e dou passos confiantes até o elevador.

"Você pode até está nervosa por dentro, mas por fora você não demonstrará fraqueza. Você será foda!" — minha deusa interior fala

Entro do elevador apertando o botão para o penúltimo andar.
O elevador para no andar desejado e logo a primeira imagem que tenho é várias pessoas de terno.

Saio do elevador, e logo uma mulher vem até mim me cumprimentar.

— Olá, Bom dia srta. Montenegro. — ela dá um sorriso cordial

Noites AzuisOnde histórias criam vida. Descubra agora