Mamãe

Dissociação e cobras

O exame correu normalmente. Gaara ajudou Naruto a colar e não foi nada que qualquer um pudesse realmente notar.

O exame passou rapidamente. Quando Ibiki falou da décima pergunta, Naruto nem se importou, apenas ficou lá, entediado. Repassando mentalmente os jutsus que sua mãe o ensinou, e os selos que ele aprendeu com o seu material de estudo.

Ela era uma mestra dos selos, mas ainda existia uma categoria mais alta do que a sétima, são documentos selados em Uzushio aos quais ela nunca poderia aprender.

Sua mãe sempre se lamentava e dizia que não se arrependia de tê-lo, mas se arrependia de tê-lo tão jovem, ela tinha 24 anos. Poderia ter usado mais tempo para seus estudos, para a religião Uzumaki, para se tornar a kunoichi mais poderosa, como ela tinha potencial.

Para qualquer coisa que não fosse apenas se tornar uma dona de casa que estava tendo os filhos de quem realmente era conhecido por ser um mestre de selos. O que se você perguntar, não fazia sentido real já que a Uzumaki era ela, mas isso é só uma pequena amostra do sistema machista que eles vivem sob.

Sua mãe quando o treinava não pegava leve. O colocava em situações de pressão onde ele tinha que tomar decisões importantes rapidamente.

Ela era poderosa e merecia mais da vida. Era tão injusto. Se Naruto tivesse nascido um pouco mais tarde (ou não nascido) ela estaria viva.

Ele foi acordado de seus pensamentos por uma mulher entrando pela janela. Ela explicou rapidamente sobre o segundo exame e quando viu de novo, ele já estava perto do portão de entrada da Floresta da Morte. Por mais que ele e Gaara não tivessem se falado, ele tinha certeza que Gaara se sairia incrivelmente bem e bom, ele também.

Quando entendeu o que era pra fazer, ele fez trinta clones e os mandou pela floresta para conseguir roubar um pergaminho, não que ele estivesse feliz de carregar sua equipe.

Em pouco tempo alguns se dissiparam e outros trouxeram diferentes pergaminhos para ele.

Ele pegou um oposto ao que sua equipe tinha, e enterrou o resto, para impedir que outras equipes encontrassem e passassem para a próxima fase.

Por mais que ele estivesse trabalhando de forma útil, concisa e linear, ele estava dissociado. Isso era ruim. Se ele entrasse no estado total de dissociação ele não poderia ser capaz de identificar nada nem ninguém, e precisaria estar em um lugar confiável para poder simplesmente estar e se curar naturalmente.

Estranhamente seus companheiros estavam quietos. Pareciam um pouco assustados e tinham algo como reconhecimento em seus olhos.

Ah, eles estavam com medo do pequeno showzinho de mais cedo com Gaara, pensou Naruto, e eles provavelmente perceberam a dissociação.

Naruto queria realmente se preocupar com o fato de seus companheiros perceberem que ele estava dissociando, mas ele não estava coerente o suficiente pra isso. Ele ia preocupar sua mãe, seu sensei, Gaara e talvez seu pai, droga.

Ele não entendeu o que aconteceu, de repente ele estava paralizado com uma mulher da vila da Grama na frente dele.

"Kyubi, por favor assuma. Não mate meus companheiros, você sabe no que daria"

Kurama sabia, Naruto seria executado se ele matasse seus companheiros. E se Naruto morre, ele também morre e ele não pode aceitar isso.

Então, Kurama rapidamente repassou as habilidades dos gennins paralizados ao seu lado, e resolveu que seriam úteis.

Recuando um pouco com os dois Kurama perguntou:

- Sakura, você consegue fazer uma prisão de terra? Sasuke, preciso de uma rede de alta voltagem dentro da prisão que ela fizer. Eu vou usar um selo para segura-la dentro da prisão de terra. Se não der certo, eu tenho um plano B, não é o melhor, mas vai servir.

- Hai. - disseram os dois. Eles podiam não gostar do loiro, mas qualquer plano de sobreviver em uma situação em que a força do adversário é óbvia não seria algo que eles negariam. Instinto humano básico de sobrevivência.

Certo, eles subiram num galho de árvore, os três um ao lado do outro, Sakura iniciou uma sequência de selos e segurou o chakra, ela segurou na ponta dos dedos, mesmo quando bateu as mãos no chão, ela ainda segurava até o momento em que a garota viesse e se aproximasse, Sakura finalmente libertou seu chakra dizendo:

- Doton: Norowa reta keimusho (prisão dos condenados)

O jutsu era tão bom que até tinha barras feitas de Tungstênio, o metal mais forte extraído da terra.

Quando a garota tocou as barras, Sasuke liberou chakra de Raiton, eletrificando as barras a 450 W, dando um choque do qual a mulher não poderia fugir.

Quando Kurama ia colocar o selo de prisão, a mulher começou a rir e descascou a própria pele até que tudo que se visse fosse um rosto masculino que Kurama gostaria de não reconhecer.

- Orochimaru! O que você quer?

Sakura e Sasuke ficaram perturbados com a menção do nome, mas isso era algo para o próprio Naruto escolher ou não lidar depois.

- Ora, ora, se não é o pequeno Uzumaki quem me reconhece primeiro. - o sannin riu.

Saindo do jutsu Orochimaru simplesmente mostrou a língua. Com o aumento das garras, Kurama pulou em Orochimaru, afundando suas garras nele, mas tendo uma espada afundada em seu abdômen.

O que Kurama pretendia fazer era transferir seu chakra biju para o sistema de Orochimaru para que esté avisar como um veneno. E funcionou.

Kurama lentamente foi curando ao corpo de seu hospedeiro, mas já não pôde fazer mais nada quando Orochimaru aplicou um selo sobre o selo de oito pontas que já estava ali. Naruto caiu desacordado, ainda sendo curado pela Kyubi.

Orochimaru apenas resolveu que ele não valia muito tempo, já que ele sabia que alguém logo notaria sua presença, e chutou Naruto para uma árvore qualquer. Sakura foi rápida em usar uma kunais para prender a roupa de Naruto para ele não sofrer uma queda que com certeza o mataria em seu estado.

Aproveitando que Sasuke também estava distraído, Orochimaru esticou seu pescoço e com presas de conta mordeu o pescoço do Uchiha, dizendo apenas:

- Voltarei por você, Uchiha. E pelo Uzumaki também. - e se foi.

Sasuke apenas caiu desmaiado como um saco de batatas.

Agora era dever de Sakura cuidar dos dois garotos.

Desculpe se não ficou tão bom, vou tentar melhorar