Mamãe

Sabaku no Gaara

Depois daquilo, Naruto ficou ainda mais distante de sua equipe. Naquele dia, Sasuke e Sakura riram dele pensando que o pesadelo de seu genjutsu não havia sido nada de mais. Que se fodam eles, quem precisa deles?

Naruto estava evoluindo, e isso não era dúvida, só que os dois imbecis não precisavam saber, então, apenas Kakashi podia ver seu real progresso.

Um dia, Kakashi os havia chamado em uma ponte. E no caminho, encontraram dois ninjas da Areia segurando o neto do Terceiro, Konohamaru, pela gola. Não que nenhum deles tivesse algo haver com o garoto, mas não podiam deixar ninjas de outra vila virem simplesmente arranjarem problemas.

Sakura rapidamente se intrometeu na situação.

- Quem são vocês e o que pensam que estão fazendo?

- Somos Temari e Kankuro no Sabaku, e estamos ensinando uma lição ao pirralho que esbarrou no meu irmão. – disse a kunoichi da Areia.

- Mas por que bater nele se ele provavelmente só esbarrou sem querer?- continuou Sakura, um pouco receosa sobre aqueles dois que pareciam ser muito fortes.

- E se eu tivesse ossos de vidro? Poderia ter morrido aqui mesmo!!- respondeu Kankuro.

“Isso é sério?” pensaram os três membros do time 7.

- Olha, ele é neto do terceiro Hokage, então, se não estão a fim de arrumar A PORRA DE UMA GUERRA, poderiam colocá-lo no chão??- disse Sasuke.

Agora Temari e Kankuro olharam o garoto, e escolhendo a coisa mais inteligente, o deixaram ir. Logo os cinco ninjas puderam sentir um arrepio na coluna. Uma outra presença se fazia presente. Um garoto baixo de cabelos ruivos e olhos verdes.

- Vamos, Kankuro, Temari, antes que envergonhem nossa Aldeia.

- Certo, Gaara.- disseram os dois com medo palpável.

E foram indo na direção oposta.

- Ei você.- disse Sasuke.

- Eu?- perguntou Temari.

- Não, o cara com um amendoim nas costas. – respondeu o moreno.

- É uma cabaça, imbecil. Mas o que quer?- respondeu Gaara.

- Qual o seu nome?

- Gaara, Sabaku no Gaara.

Naruto estava quieto até então. Mas desde que Gaara apareceu, ele sabia, tinha uma sensação de reconhecimento, e a kyubi também confirmou. Gaara era Jinchuuriki, como ele. Carrega a besta de uma calda.

- Gaara, eu sei o que você é.- disse Naruto.

- Eu também sei o que você é, ele me disse.- respondeu Gaara.

- Hum, então o seu amiguinho já disse pra você sobre o meu amiguinho. – disse o loiro.

- É. Os dois não se dão bem.

- Não, mas nós não somos eles, então, acredito que possamos chegar a ser grandes amigos, não acha?

- Amigo.... Mas é claro, porque não jinchu...

- Não diga em voz alta. Os dois imbecis aqui não sabem, e nem precisam, não confio nem gosto deles.- disse Naruto se referindo a Sasuke e Sakura.

- Certo. Esses que me acompanham, sabem do meu, posso lhes explicar sobre o seu?

- Claro. Contanto que os dois não falem pra ninguém. – o Uzumaki deu de ombros.

- Certo, nos vemos por aí.- terminou o ruivo.

- Nos vemos.

O time da Areia partiu e os companheiros do loiro ficaram curiosos sobre o assunto tratado, mas ao mesmo tempo, irritados por serem chamados de imbecis.

- Que história é essa de amiguinho ein? E que coisa é essa de sermos imbecis e você não gostar ou confiar em nós?- perguntou Sakura, irritante como só ela sabia ser.

- Sobre meu amiguinho, não é da sua conta, enxerida. Em segundo lugar, sim eu acho vocês dois imbecis inúteis. Em terceiro, não sou obrigado a gostar de gente como vocês, e se eu nem gosto de vocês, por que confiaria? – respondeu Naruto.

- Pois saiba que também não gosto de você.- disse Sakura.

- Você não gosta de mim, pelo simples fato de não saber pensar com a própria cabeça, e sempre seguir a opinião de terceiros, e também porque não sou um cachorrinho correndo atrás de você, como você é uma cadela inútil e sem noção correndo atrás do trevoso. Além do simples fato de que sua cegueira e fangarlismo pelo emo te impedem de ver que ele nunca vai te dar chance, no máximo te usar como degrau para chegar a algum lugar, enquanto você fica para trás sendo apenas um peso morto na vida de todos que te cercam e tem que ver essa sua cara feia todos os dias. Além de ser completamente irritante e não saber tratar os outros com educação, usando como desculpa sua personalidade que me faz perguntar como qualquer ser humano normal suporta sua presença.- respondeu Naruto, e saiu andando, como se nada tivesse acontecido.

Sasuke também saiu andando, mas sem dizer uma palavra, não precisava Sakura já havia escutado bastante, mesmo não sendo tudo, e também não provocaria Naruto, não estava a fim de saber a opinião do mesmo sobre si. Naruto não gostava de si, ele entendia.

Sakura foi deixada para trás enquanto ainda racionava o que havia acontecido. Naruto Uzumaki, o perdedor dos perdedores, o último morto, havia acabado de humilhá-la.

Quando chegou para encontrar Kakashi, Naruto e Sasuke estavam lá, a esperando, como se nada tivesse acontecido. Só que Naruto não se dignava a olhar na sua cara.

O sensei queria apenas dizer que havia os recomendado para os exames Chunnin, e que caso não quisessem, estaria tudo bem.

Depois disso, o Uzumaki saiu andando pela vila. Voltando para casa apenas na hora de dormir. Ficou um tempo conversando com a mãe no mundinho deles, contando sobre Gaara, e como pensando bem o achava muito bonito. Um pouco frio, mas ainda muito bonito.

A mãe ria, seu filho estava tão empolgado contando.

De repente, Naruto acordou bruscamente no meio da noite. Havia treinado um bom tanto, com Kushina, que achou que fosse de manhã, mas olhando no relógio eram 04:13.

Sabia que não dormiria tão cedo, por isso, resolveu ir ao monte Hokage, se sentar na estátua de seu pai.

Quando chegou lá, encontrou o Sabaku ruivo.

- Não consegue dormir?- perguntou Naruto.

- Eu não durmo. – respondeu Gaara.- E você?

- Já sonhei o que deveria.- respondeu o loiro.

Passaram um tempo conversando. Contaram sobre suas experiências com Jinchuuriki, como lidavam com isso e sua relação com o mundo ao redor.

Viram o nascer do Sol juntos. E quando Naruto percebeu, tinha que ir tomar café da manhã, se despediu de Gaara e se foi.

“Eu gostei de você, Uzumaki Naruto.” Pensou Gaara. “Espero não ter que matá-lo.”