01//Um grito de dor

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Olá, mais um capítulo
fresquinho.

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20 de outubro - 19:00 hrs - 2 anos atrás

A plateia estava lotada.

Sussurros ansiosos denunciavam a expectativa do momento mágico em que os inúmeros refletores seriam acesos e as
pesadas cortinas de veludo vermelho escuro, seriam abertas, revelando o cenário, para dar início ao primeiro show de teatro da cidade de busan, Romeu e Julieta de William Shakespeare.

Durante toda semana a imprensa comenta entusiasmada: "aquela seria uma encenação muito especial da famosa tragédia, e a presença do grande policial jung-hyun no papel título, era mais uma garantia de um espetáculo inesquecível, por isso tantos haviam pago tão caro pelo direito de está ali, na estreia do novo teatro de busan, para sofrer e sentir o drama que é Romeu e Julieta".

Ao lado ao lado do palco, uma porta levava aos camarins.

Discretamente, Park levantou-se de sua cadeira e foi em direção ao camarim de seu irmão, estava eufórico não conseguia se manter quieto enquanto não falasse uma última vez com seu hyung mais velho, nunca pensou que jung-hyun pudesse mesmo reabrir o teatro, o lugar era como seu segundo lar, iria sempre ali com seus pais e seu irmão nos fim de semana.

Então foi uma bomba quando veio a notícia de que o teatro iria ser fechado por falta de verbas.

O policial estava lendo algo em uma folha de papel amarela e botou sobre alguns livros quando viu que Jimin entrou no camarim.

Os irmãos se abraçaram e o loiro desejou-lhe sorte daquele modo, em que só o Park sabe fazer, cheio de esperança, fé e gratidão.

- Arrase lá hyung.

- Pode deixar Jimin-Ssi, eu te amo.

Voltou logo ao seu lugar, pois Sabia que não deveria interromper a preparação do querido "Romeu". Naquele momento, o policial-ator já vivia o personagem Romeu.

Park Jimin já tinha assistido a vários ensaios e sabia que aquela, seria uma noite de "arrepiar".

Ao lado de seu melhor amigo, Taehyung, aguardava o acender dos refletores como se ele mesmo estivesse para entrar ali, no centro do palco.

Jimin se espelhava no seu irmão,junghyun, ele sempre foi nomeado seu grande herói, o orgulho do jovem Park, não saberia viver sem a presença de seu irmão mais velho.

Um barulho soou três vezes,despertando a plateia da realidade para mergulhar em um mundo de fantasias.

O murmúrio dos espectadores cessou por completo e as luzes direcionada a plateia diminuíram suavemente.

Escuridão completa. Som de enormes tambores.

Com batidas ritmadas,graves, surdas, em uma cadência aterradora, o som foi crescendo e já reboava por todo o teatro.

As cortinas abriram-se pesadamente.

Os refletores acenderam-se lentamente, dirigindo as atenções para o centro do palco.

Como a marcar a pulsação de todos os corações, os tambores continuaram, dando tempo para os espectadores acostumarem-se ao cenário e ao clima solene do drama pararem subitamente.

No silêncio que se seguiu, Park Jimin pensou estar ouvindo as batidas do próprio coração.

Sua mão estava gelada e um medo angustiante subiu amargando por sua garganta, ele apertava firmemente as mãos em punhos, tentando ficar menos tenso.

Algo acertou o sentido de proteção do loiro sentado na plateia, mas ele não sabia o que.

Dos bastidores, correspondendo ao envolvimento arrepiante que já tomava conta da plateia, um grito pavoroso se sobrepôs a tudo.

Foi como se seu coração parasse de pulsar por um segundo, a plateia ficou a espera do que viria a seguir.

E por mais apavoroso que seja, um grito em uma peça de teatro não devia surpreender a ninguém. Já que um palco de teatro é o lugar certo para gritos, gargalhadas, alucinações e desespero. Porém, na plateia, para Park Jimin, o grito pareceu mais um grito de dor.

- Ei! moleque, senta ! - protestou uma voz na segunda fileira.

Jimin de 22 anos estava de pé. Pelo que assistiu nos ensaios, ele sabia que aquele grito não fazia parte do espetáculo.

- Garoto, senta logo!- a mesma voz foi ouvida novamente, mas, Park já não ouvia nada, além de seu coração, que batia descontroladamente.

- Ah, vovôzinho, cale a boca, antes que eu vá , enfiar essas pipocas em todo lugar que tenha buraco no seu corpo!-

Taehyung, seu amigo sem papas na língua, que estava ao seu lado, ameaçava pular a cadeira para ir até o senhor de uns 40 anos, que já estava o irritando, com suas falas, rebatendo o xingamento lhe dirigido.

Em meio a tanto falatório, uma única voz foi capaz de desmontar Jimin por inteiro, de destruir toda a certeza do loiro.

Ao fundo do palco, uma voz de mulher foi clamente ouvida.

- Meu Deus!, ele está morto!

Ninguém entendeu quando, como um gato, o belo jovem Park pulou as cadeiras e correu em direção ao tumulto;

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Mas um capítulo....

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31/01/22

Crime always off pays Onde histórias criam vida. Descubra agora