______________________O Soldado e a Boneca de Auto-Memórias
______________________
Desde a infância que Aidan Field dizia a seus pais que se tornaria num jogador de baseball. Ele era esbelto, membros cobertos por músculos flexíveis. Embora não fosse bonito de forma nenhuma, o rosto do garoto de cabelo loiro escuro podia ser considerado decente visto de perto. Ele era esse tipo de pessoa.
Aidan era talentoso o suficiente no desporto para poder alimentar as suas ambições em relação a este, e, depois de se formar, já tinha decidido juntar-se a uma prestigiosa equipa de baseball. Os seus pais tinham orgulho no filho. Apesar de ser um garoto de uma cidade pequena, talvez se pudesse mesmo tornar num jogador profissional. Para ele, aquele futuro já era certo.
No entanto, aquele caminho já não era uma opção. Ao crescer, em vez de se tornar numa estrela de baseball, encontrou-se no campo de batalha, dentro de uma densa floresta de um continente longe da sua querida terra natal.
A nação inimiga contra quem o seu país lutava mantinha uma instalação de perfuração de campos petrolíferos em segredo. A missão do 34º Exército Nacional, aquele ao qual pertencia, era entrar na dita instalação e tomar completo controlo desta. O pelotão era constituído por cem pessoas no total. A sua estratégia era dividirem-se em quatro grupos e atacar por todos os lados. Não era suposto ser uma tarefa difícil, no entanto, as pessoas que formavam os grupos estavam agora a dispersar e a fugir.
— Corram, corram, corram! – um dos sobreviventes gritou.
Teria alguém do lado deles revelado os seus planos ao inimigo ou estaria a nação inimiga apenas um passo à frente? Era suposto ser um ataque surpresa mas, em vez disso, eles tinham sido atacados primeiro. O ataque simultâneo de todos os quatros lados foi facilmente destruído, juntamente com a formação dos grupos, por uma repentina chuva de balas no meio da escuridão.
Para começar, o pelotão era um grupo de jovens feito à última hora. Estes eram diferentes dos mercenários instruídos. Um jovem que só sabia como operar propriamente equipamentos de agricultura, um garoto que tinha comentado que se queria tornar num romancista, um homem que se abrira em relação à segunda gravidez da mulher – a verdade era que nenhum deles desejava lutar naquele lugar. De forma alguma queriam eles fazer tal coisa. Apesar disso, estavam ali.
Depois de confirmar pelo canto dos olhos de que o corpo de pessoas dividido disparava na direção oposta, Aidan correu em direção à floresta sem fôlego. O medo de estar acabado, não importa para onde fosse, tomou conta de si. Ele ouvira gritos de agonia no momento em que os seus pés tocaram na terra. Abafando os sons dos pássaros e insetos, só os ditos gritos e tiros ressoavam. Com aquilo, foi capaz de aceitar que todos os seus camaradas estavam a ser aniquilados.
A sensação de ser o caçador, inverteu-se para a da presa que podia ser morta numa questão de segundos. Era uma discrepância enorme – o medo do primeiro era pecar, o medo do último era perder a vida. Nenhum dos dois era bom, mas como seres humanos, nenhum deles desejava morrer. Preferiam exterminar os outros em vez de serem exterminados. No entanto, no momento, ele estava entre aqueles que estavam prestes a ser mortos.
— Espera! – uma voz vinda de trás chamou, o seu dono corria na sua direção com uma arma nas mãos. Um silhueta pequena podia ser avistada na escuridão. Era o membro mais novo do pelotão, uma criança ainda nos seus tenros anos.
— Ale...! – Aidan agarrou a mão do garoto, que tinha parado de mexer as pernas, e recomeçou a correr.
— Estou tão feliz! Por favor, não me abandones! Não me abandones! Não me deixes sozinho! – Ale implorava enquanto chorava.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝒱𝒾𝑜𝓁𝑒𝓉 𝐸𝓋𝑒𝓇𝑔𝒶𝓇𝒹𝑒𝓃
RandomA guerra acabou e Violet Evergarden precisa de um emprego. Assustada e impassível, aceita um trabalho onde escreve cartas para se compreender a si mesma e ao seu passado. *Como não encontrei este light novel em português, tomei a liberdade de o trad...