PROLOGUE: A solidão pode ser bonita.

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Chou Tzuyu queria morrer.

Queria morrer todos os dias quando acordava, quando via uns grupos de amigos andando juntos pelos corredores da escola, quando se olhava no espelho e via seus olhos cansados.

Queria morrer toda vez que realizava que ainda estava viva.

Porque Tzuyu não nasceu uma borboleta sociável, havia ficado desde sempre presa em seu casulo. Não interessava o quanto sua família lhe amasse, ela nunca conseguiria demonstrar apego por aquelas pessoas.

E se culpava por isso todos os dias. Se odiava.

Sentia nojo de si mesma por não conseguir demonstrar algo tão simples como o amor, ou um simples afeto para a pessoa carinhosa que lhe deu a luz.

Mas sua mãe não tinha mais porque não se orgulhar. Tzuyu era boa na escola, tinha as maiores notas da sala e no tempo livre lia alguma baboseira no celular ou jogava algum tipo de video-game.

Era sozinha e sabia disso, sua única companhia era sua gatinha siamesa. Porém, Akuma poderia ser bem melhor do que algumas pessoas. Animais sempre foram melhores e mais carinhosos que seres humanos.

Na primavera, Tzuyu conheceu seu demônio.

Minatozaki Sana.

Ruiva, extrovertida e cheia de vida como Chou sempre sonhou em ser. Era como se Sana fosse sua outra face, uma que ninguém viu e Tzuyu nunca havia conhecido.

Sana sentava todos os dias depois das aulas no banco do canto da praça, sozinha, as vezes com uma cesta de piquenique ou uma manta. Colocava o pano no chão e se sentava como se fosse tomar um banho de sol, mas sem biquíni e protetor solar.

Os cabelos ruivos ficavam bonitos a luz do fogo e Tzuyu tinha curiosidades sobre sua maciez. Sempre que se esbarrava com Sana, lidava com um sorriso sincero e seu coração acelerado.

Nervosismo. Por ser um quadro branco encarando um pote de tinta.

Acontece que Tzuyu era uma pequena flor, e Sana uma pequena abelha coletando néctar e o transportando para seu Jardim.

E o objetivo da ruiva era lhe polinizar até gerar sementes e frutos, colorindo aos poucos a tela de seu vazio interior, como um pincel molhado lhe esburacando.

A solidão aos seus olhos podia ser magnífica, mas Sana iria até o fim para colorir-lhe por completo.

[...]

POLLINE: antes que as abelhas entrem em extinção.

Oi! bem vindos a uma pequena história Satzu (sana;tzuyu)

Atualizações [talvez] semanais :)

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