Sangue Gelado

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A escuridão da noite contrastava com a brancura da neve que caía, o silêncio da floresta também tinha o seu contraste, passos rápidos e desajeitados perseguidos por um som metálico ensurdecedor. As pedras do caminho eram afastadas por aquela enorme e pesada lâmina dourada. Era carregada por um homem igualmente grande que estendia longos cabelos vermelhos ondulados, Diluc. Algumas partes dos seus cabelos estavam ainda mais vermelhas, como manchas. Manchas de sangue.
Os passos rápidos eram interrompidos pelo silêncio. Apenas silêncio durante alguns segundos, depois, um barulho de gelo a formar-se era ouvido e uma parede fria dividia agora o espaço da batalha em duas partes.
-Não me pararás! Depois de tudo! No único momento em que te dei a minha confiança tu atacaste me pelas costas.- o homem de cabelos vermelhos rodava o seu corpo cravando o espadão dourado naquela parede de gelo. De repente o metal brilhava e Diluc envolvia a sua arma em fogo. Ele teria que segurar o espadão com as suas duas mãos devido ao seu peso.
-Estive tanto tempo a tentar, finalmente consegui, dói-te? Porquê? Odiavas me! - do outro lado da parede e com um olhar raivoso estava um homem mais baixo, cabelo azul escuro e uma pala no olho, o "irmão" de Diluc, Kaeya.
-Ainda te odeio!
Numa fração de segundos a parede caí e a lâmina do espadão passa a centímetros do pescoço do traidor, ele próprio desembainhava uma espada quase igual, mais pequena e leve e que poderia ser segurada com apenas uma mão.
Mais um movimento de Diluc e chamas voavam seguidass por um barulho metálico. Kaeya teria bloqueado o ataque descendente do mais velho e saltava para trás para reposicionar os seus pés.
Kaeya era rápido e depois de saltar por algumas árvores avançava para um ataque frontal.
A sua lâmina fazia um corte levemente profundo no ombro de Diluc que sentia a dor daquele corte frio e quase automaticamente levantava o seu espadão para impedir que o outro provocasse mais danos. O bater das armas lançava faíscas altos que acabavam por atear chamas nos pinheiros daquela montanha. O forte embate teria partido ao meio a arma de Kaeya, a lâmina da espada coberta de sangue voava até à neve do chão e marcava de vermelho uma área mais ou menos circular que anteriormente teria sido branca. Sem medos Kaeya levantava se novamente e passava a mão no pedaço de lâmina que ainda tinha, os seus poderes de gelo criavam uma lâmina, menos resistente mas mais afiada. Aquela espada era apenas uma desvantagem para ele. O clima aquecia, fogo. Os pinheiros espalhavam as chamas. Diluc estava farto daquele espetáculo. Fechava os olhos e espetava o seu espadão brilhante contra a neve. Uma coluna de chamas era projetada em seu redor, um ataque cansativo mas forte. Kaeya perdia a lâmina da sua espada enquanto tentava bloquear aquele ataque, ganhava algumas queimaduras na pele e a roupa e cabelos dele seriam levemente chamuscados. Ele volta a formar q lâmina gelada e corre contra o inimigo cansado, um ataque certeiro acertava a barriga de Diluc espalhando algum do seu sangue na água que anteriormente era neve. O sorriso sádico de Kaeya mostrava-se no seu auge. Diluc sentia o seu interior a ser congelado pela lâmina do seu "irmão". Era tarde de mais? Iria ele morrer? Nunca, Diluc não era de desistir, sabia que o irmão estava distraído então rapidamente subia a sua espada e atingia-o com q pega da mesma, não era um ataque perigoso mas devido à dureza do material e à força de Diluc, o ataque acaba por deixar o seu inimigo inconsciente.
Diluc frevia de raiva enquanto tentava sobreviver àquele corte que deixava em risco a sua vida, sentava se sobre os seus calcanhares olhando o irmão, sentia o sangue a escorrer-lhe no corpo. Começava a fechar os olhos, quando de repente vê algo, uma silhueta corria até ao encontro dele, estendia uma mão para a alcançar mais rapidamente. Ao chegar mais perto a silhueta faz o mesmo, pegava a mão dele e suspirava, soltava alguns gritos incompreensíveis e sussurava para o homem ferido:
-não te preocupes, estou aqui agora.

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