capítulo 2

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Galateia Merrythought (nossa professora de Defesa Contra as Artes das Trevas) explica que a aula será prática, e mostraremos o que aprendemos até agora em um duelo não violento com a pessoa na qual dividimos a mesa. Acontece que Merrythought anda receosa com os ataques de Gellert Grindelwald, o atual mais temido bruxo das trevas, e quer ensinar os alunos a se defender.

— Os primeiros a duelar são... — os olhos esverdeados da professora encontram os meus — Tom Riddle e S/n Wyllt.

Nos levantamos da mesa e caminhamos até o espaço livre da sala, com as varinhas na mão. Esse é o momento que posso mostrar meu poder aqui. Estudei vários feitiços ainda mesmo em minha realidade natal, para vir aqui já sabendo me defender.

Nos cumprimentamos, e então Tom lança o primeiro feitiço. Flipendo. Pegou leve, Tom, eu penso. Lanço um estupefaça em sua direção, do qual ele bloqueia. Ficamos trocando feitiços cada vez mais intensos, e percebo irritação estampada em seu rosto.

— Vamos terminar logo com isso, Tom —eu falo, atingindo-o com um simples expeliarmus.

O feitiço ricocheteia, atingindo um aluno da Corvinal. Sua varinha voa até a janela mais próxima e a quebra, fazendo os alunos recuarem. O dono da varinha corre até a janela e acompanha sua varinha cair torre abaixo. Olho para ele com um olhar de desculpas.

Tom acena com a cabeça para mim, sério, e caminha em direção ao corredor, pois a professora avisou que a aula havia acabado. Foi uma luta justa, que acabou em empate. Acho que ele gostaria de ter ganhado, mas tento não pensar muito nisso.

🗡

Volto a caminhar pelos inacabáveis corredores até as masmorras, onde terei aula de poções com os lufanos. Caminho em direção a porta da sala quando sinto uma mão se fechar em meu braço e me puxar para um corredor paralelo. Sua outra mão tapa a minha boca, me impedindo de gritar.

Tento me livrar do toque, mas não consigo, e percebo que minha varinha fora tirada de mim. Assim que me acalmo, vejo que quem me segura é Tom, e mordo a mão que estava tapando minha boca. Ele xinga e se afasta de mim.

—Para que diabos foi isso? — pergunto. — Podia ter chegado e falado o que quer falar como uma pessoa normal.

— Você tem poder, S/n, sem dúvidas, mas não tem técnica — ele diz, e eu franzo a testa.

— O que? — Ele fez todo esse drama para zombar de mim? Ah por favor...

—Quero te ensinar. Não pode andar por aí sem saber isso. Principalmente quando todos sabem que você anda comigo.

Penso como essa proposta tornaria mais fácil arranjar momentos sozinha com ele. Fico em silêncio, e ele me encara com olhos verdes profundos.

— Começamos hoje, depois das aulas. Me encontre na sala comunal.

Com isso, ele sai andando até a sala, onde professor Slughorn estava prestes a começar a aula.

Com isso, ele sai andando até a sala, onde professor Slughorn estava prestes a começar a aula

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Já sentado em uma das mesas, Tom me observa com um olhar discreto. Ignoro a ardência do olhar e me sento ao lado de minhas colegas de quarto Alice e Daya. As duas falam comigo sobre o duelo na aula de Defesa Contra as Artes das Trevas, animadas, achando que eu ganharia caso o feitiço não tivesse ricocheteado.

A aula de Slughorn passa rápido, e me direciono ao salão principal para o almoço, subindo as escadas que se movem e observando cada pintura falante nas imensas paredes. Esse lugar é incrível, e não merece ser destruído. Me lembro da guerra, feitiços destruindo famílias, destruindo Hogwarts. Vou me aproximar de Tom, ver o monstro que ele é debaixo desse rostinho lindo e acabar logo com isso. Pensei em modos de matá-lo. Jogá-lo da Torre de Astronomia parece encantador, mas sinto que conseguiria se safar dessa. Seria difícil matar o futuro Lorde das Trevas sem magia. Ainda vou pensar melhor nisso.

Só me dou conta de quão faminta estou quando sinto o cheiro da comida vindo do salão. Me sento ao lado de Alice Selwyn, quem conversa comigo sobre os feriados. O natal é em uma semana, e neve cai graciosamente nos terrenos de Hogwarts, criando uma vista deslumbrante.

🗡

Depois das minhas aulas, sigo pelos corredores até a sala comunal da Sonserina. Tom estava me esperando, sentado em um dos sofás da sala comunal na frente da lareira.

— Pronta? — ele pergunta. Eu faço que sim.

Sigo Riddle pelas masmorras. Ele caminha silenciosamente, parecendo decidido a chegar onde quer que está indo. Andamos por corredores e mais corredores, subimos escadas, e quando ia questionar onde estávamos indo, ele para na frente de uma parede enorme e vazia. Franzo a testa e me sobressalto quando escuto algo vindo da parede. Assim que olho melhor, observo algo se formando nela. Desenhos em espiral... já sei, claro. É a Sala Precisa.

Ele entra em silêncio, e eu o sigo. Aqui a Sala está... diferente. Não está como nos filmes, mas já esperava isso, pois a sala muda de acordo com o que a pessoa mais precisa.

Essa sala é enorme; tem dois espaços para duelos, uma mesa comprida enorme em uma extremidade com uma espécie de trono em uma ponta, vários livros que parecem ser de magia negra e poltronas ao redor de uma lareira. Este deve ser o lugar onde Tom e os seus seguidores se reúnem. O lugar onde eu venho para reuniões. Tento não parecer surpresa, e caminho até o local dos duelos.

— Então? O que quer me mostrar? — pergunto, já segurando minha varinha.

Ele sorri de lado.

— Várias coisas. Começando com sua defesa.

Sem mais nenhuma palavra ele lança um feitiço em minha direção, do qual eu quase não consigo bloquear. Ele lança outro, outro e outro, sem me dar tempo nem para respirar. Eu bloqueio todos feitiços, mesmo assim.

— Hm — ele murmura. — Quero tentar algo com você.

Ele caminha até mim, devagar, me olhando no fundo dos olhos sem desviar uma vez, até eu sentir a parede em minhas costas. Ele se inclina para frente e consigo sentir sua respiração em meu ouvido. Tom segura meu rosto delicadamente antes de sussurrar:

Legilimens.

O destino da escuridão {ᴛᴏᴍ ʀɪᴅᴅʟᴇ}Onde histórias criam vida. Descubra agora