Os ventos que às vezes
Levam para longe o que amamos
São os mesmos
Que trazem algo mais para ser amadoNós não podemos chorar pelo
Que nos foi tirado
Nós não iremos...
Nós amaremos o que nos foi dado
Pois tudo que é realmente nosso, não irá embora.- Rafael Wissmann Monteiro.
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A fumaça branca do trem já havia diminuído quando o transporte estacionou sobre os trilhos da última estação. O som do sino, anunciando a chegada ao destino, ecoou por toda a profundidade do local. Segundos depois, dezenas de pessoas começaram a descer do trem; com máquinas fotográficas, mochilas enormes e lanches para a viagem. Logo, a estação foi tomada pela grande multidão, e o local outrora preenchido por um silêncio quase ensurdecedor — se não fosse pelo canto dos pássaros —, agora era tomado por sons misturados; falatórios, passos, o sino do trem e os clicks das câmeras.
No entanto, toda aquela bagunça era comum para os funcionários da estação, visto que eles recebiam turistas de várias partes do mundo a todo momento, todos interessados em fazer uma visita ao vilarejo histórico, conhecido por ter sido moradia de soldados durante a Segunda Guerra e, recentemente, pelo bosque violeta, que ficava nas proximidades dali.
O local recebia cerca de seis mil visitantes por dia, com apenas seis meses de abertura, desde que o vilarejo abandonado deixou de ser área restrita e foi liberado ao público. E claro que as empresas turísticas não perderam a oportunidade quando estudaram o lugar para oferecer o melhor passeio aos turistas, e pelo forte marketing, a tendência era que o número só aumentasse.
Saindo da estação, os visitantes faziam a curta viagem até o vilarejo por meio de automóveis utilizados na década de 40, e obviamente, a viagem não era gratuita, mesmo que levasse menos de quarenta minutos com o transporte, os visitantes tinham que pagar um preço específico, ou então gastariam quase duas horas a pé. Estratégia das empresas turísticas, é claro.
Em meio aquele pequeno tráfego de carros, estava uma pessoa que já conhecia bem o lugar, mesmo que não pisasse seus pés ali há anos. Quando fechava os olhos, era capaz de visualizar os soldados marchando pela manhã, as crianças jogando bola e as mulheres fofoqueiras reunidas no banco da praça.
Ah, Park Jimin agradecia por ter uma memória tão boa.
O homem havia decidido visitar o antigo lugar onde morava desde que viu uma reportagem na televisão. Foi uma luta para decidir quando iria e quem iria consigo, e toda a confusão não surgiu por parte dele. Jimin estava decidido a ir sozinho, no entanto, seu médico já havia dito que ele não poderia andar só por aí, devido aos seus recentes problemas de saúde. Bobagem, ele pensou.
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Violetas para quem eu clamo - pjm + jjk
Fanfiction[CONCLUÍDA] Já ouviram dizer que quando a paz e o amor reinam num lugar, é porque o outro está em completo caos e dor? É como um típico efeito borboleta. É o que se passa no ano de 1940, enquanto parte do mundo sofre com o caos vivido pela 2°guerra...