21- "Olá Namorada"

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Antonella

Já faz mais de uma semana que voltamos do acampamento, parece que cada vez que Carol vê Enzo e eu juntos sua implicância comigo aumenta, cada dia seu empurrão fica mais forte quando passa por mim e esbarra em meu ombro de propósito. Eu tento não deixar isso me provocar, mas parece que cada vez meu ódio por ela aumenta, acho que nunca senti isso por alguém com essa raiva dentro de mim. Porém, minha paciência está se esgotando cada vez mais com Carol.

Nunca entendi o porquê desse ódio que ela tem por mim, nunca fiz nada pra ela, nunca tive nada contra ela, entretanto, ultimamente estou a passando acreditar no que as meninas sempre dizem " ela sente inveja de você", não consigo entender por que sentiria inveja de mim? Eu não sou uma modelo maravilhosa que nem ela e nem sou a menina mais desejada do colégio.

Mas com Enzo está tudo perfeitamente bem. Ele me faz sentir coisas que jamais acreditaria que pudesse sentir de novo, agora sempre estamos juntos apesar de sempre estarmos em grupo com o pessoal, às vezes conseguimos ficar sozinhos. É incrível a forma como aquele sorriso dele faz eu sentir como se tivesse milhões de borboletas no meu estômago.

Ele já foi jantar duas vezes depois do acampamento na minha casa, minha mãe simplesmente adora ele e meu pai eu sei que meu pai também gosta, só que ele não demonstra tanto depois da última vez. Ele tem medo por mim, tem medo de me ver sofrer de novo, eu entendo ele e sei que Enzo entende também.

Enzo quer me levar pra conhecer sua família, inclusive vou jantar na casa dele daqui a dois dias. Confesso que estou um pouquinho nervosa com tudo isso, tenho um pequeno medo deles não gostarem de mim. Enzo fica o tempo
todo me dizendo pra parar de ser boba, que sua mãe já me adora. Espero do fundo do meu coração que seja verdade, porque sei como é a sensação da sua própria sogra não gostar de você e fazer de tudo para arruinar seu namoro. Sinto que com a mãe de Enzo vai ser diferente, pelo o que ele me diz sobre ela e sua família, tenho certeza que vamos nos dar super bem.

Tento ao máximo focar na explicação do Sr. James, mas fica difícil com todos esses meus pensamentos e nervosismo que estou sentindo no momento. Fecho os olhos por um minuto para tentar me acalmar e focar na explicação e no caderno de filosofia que estava em cima da minha cima.

- A Srta. Antonella, Poderia repetir o que eu estava falando? - Levando meu olhar encontrando o professor de filosofia com os braços cruzados.

- Que o ceticismo é uma concepção filosófica? - Pergunto, sabendo que eu estava errada até porque ele já havia falado sobre ceticismo na semana retrasada. Contudo, tentei forçar um sorriso brincalhão.

- Não, a Srta. Antonella poderia compartilhar o que tanto pensava já que não prestou nem um pingo de atenção na minha explicação? - Ele perguntou, Irritado.

Sinto minhas bochechas esquentarem quando escuto alguns dos alunos rindo e cochichando com os amigos.

- Tenho certeza Professor que nossa aluna mais inteligente da sala estava pensando em macho. - respiro fundo uma, duas, três vezes quando a voz irritante da Carol soa alto o suficiente para todos ouvirem.

- Cala boca Carol, não se meta aonde você não foi chamada! - Escuto a voz de Giulia e em seguida a risada da Carol.

- Vadia. - Ouço Clara murmurar atrás de mim.

- Oh, esqueci que as seguranças da princesinha estavam presentes.

- Por que você não cala essa merda da sua boca Garota? Já estou de saco cheio de você! - Pri Gritou, se levantando.

Seguro a mão da Giulia que estava prestes a se levantar também e Clara faz o mesmo com Priscila. Me viro lentamente para onde Carol se encontrava com seu bonde no fundo da sala.

A filha do diretorOnde histórias criam vida. Descubra agora