The Last Word

Open letter to Pais

Uma luz apareceu no telão, dando a visão de um albino muito sorridente.

— Oi — diz Draco com um sorriso de orelha a orelha. — Bom, sem mais enrolação, isso é uma carta aberta para os meus pais — diz o mesmo.

— Não achei que ele faria uma para nós — diz Narcisa, com os olhos vermelhos inchados de tanto chorar por saudades do filho.

— Eu também não imaginei — diz Lúcios, colocando a mão no ombro da esposa para garantir o conforto e a segurança da mesma.

As atenções voltaram para a tela — Tenho muita coisa para falar dos meus pais, então vou dividir isso aqui — diz o mesmo com o rosto pensativo.

— Na primeira parte vou falar da minha mãe e na segunda do meu pai e depois deles juntos — fala Draco sorrindo.

— Narcisa Malfoy, Minha mãe, por onde poderia começar, bom pode ser pela beleza, inteligência, astúcia, perseverança, sempre saber oque quer, o carinho, o sentimento que ela traz de conforto e calma, poderia ficar muito tempo nisso, mas oque quero descrever dela de principal é o amor e carinho, mesmo que na família Black isso não seja um sentimento muito presente na família Malfoy foi — ele dizia e a citada como vários outros estavam já em lágrimas — eu sempre fui muito amada é cuidado pela minha mãe, sim, óbvio, já tivemos desentendimentos, mas não ficamos nisso por muito tempo, meu pai sempre diz que peguei a beleza e bondade da minha mãe, acho que ele está mais que certo — o loiro não só do telão como o mais velho estavam em lágrimas.

Lúcio só se perguntava onde estavam seus filhos, se estavam bem, não que os pensamentos de Narcisa estivessem muito longe disso, mas ela confiava em Ash e sabia que eles estavam bem e em segurança, confiava nos filhos.

— Sobre meu pai — Draco diz limpando as lágrimas — Admito que meu pai às vezes não era o melhor, mas sempre que precisei ele esteve lá, então eu só tenho oque agradecer, ele me ensinou como tratar uma mulher direito, como respeitar os mais velhos, a como ser uma pessoa com dignidade e conceitos, ele me ensinou que nem tudo é um mar de rosas, mas que não podemos odiar as rosas só porque uma te machucou, ele sempre esteve comigo para tudo, eu poderia dizer que concordo com a minha mãe também, ela sempre diz que peguei a estratégia e sabedoria do meu pai e mais uma vez ela está certa — ele diz já em lágrimas novamente, seus olhos se enchiam mais uma vez, mas logo ele dispensava, apesar de tudo não derramou uma única lagrima.

— Ela está sempre certa — diz o loiro mais velho, beijando a testa de sua esposa para acalmá-la e acalmar a si.

— Bom, os meus pais juntos são a perfeição e o caos — diz ele para quebrar o clima, fazendo todos rirem.

— Isso é verdade — diz Belatriz, tentando se acalmar das lágrimas.

— Um exemplo? — ele respirou fundo para arrumar a voz embaraçada pelo choro. — Enquanto minha mãe estava grávida de nós, meus pais fizeram uma casa na floresta atrás de casa e plantaram sozinhos um jardim com diversas flores — ele disse com a voz sonhadora.

— Quando éramos pequenos, dizíamos ser um jardim mágico, secreto, só nosso — ele disse rindo.

— Lembro disso, era impossível achar eles quando se escondiam lá, além de que não deixavam ninguém saber onde era — diz Pansy rindo e Blaise ri junto.

— Mas — sempre tem — um exemplo de caos pode ser no aniversário do primo do meu pai, onde meu pai e minha mãe soltaram ''sem querer" que o filho da mulher dele não era dele ou quando eles apostaram cem pratas na minha sexualidade — diz o mesmo, irritado e com vergonha.

— Ganhei fácil — diz Narcisa.

— Aquilo foi roubado — diz Lúcio.

— Bom, mas ainda temos duas apostas, lembra, para ver quem ganha — diz a mesma, olhando desafiadora para o marido.

— Ah, sim, meu bem, eu me lembro muito bem — o mesmo repetiu o olhar.

Se ouviu um suspiro e as cabeças se voltaram para a câmera.

— Bom, acho que é isso — os olhos de Draco ficaram sombrios. — Estou com saudades, Ash falou que também está com muitas saudades e que quer os ver logo, como eu.

— Também sentimos saudades — os dois pais disseram juntos.

— Bom, é isso, ela está chorando, então vou indo, até mais — a tela se desligou e o silêncio se espalhou pelo salão.