Erwin

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Quando Erwin chegou em casa, o ambiente frio era confortável. Ele claramente gostava do silêncio que tudo aquilo abrangia, de como tudo supostamente era certo demais e correto demais e como a doce ilusão da sua vida era refeita pelo o recinto bonito que era sua casa ingênua.

Não importava a população dela.

Marie era….era uma boa esposa. Bonita, inteligente com um espectro benigno e tão...missionária? Quer dizer, o tipo de mulher que faz um sexo tão depurado que seria considerado em alguma envoltura religiosa. Como Erwin poderia dizer para uma pessoa assim que ele queria prendê-la, espancá-la e fazê-la implorar por mais?

Ele podia fazer isso com Levi, o placar não era tão baixo como Levi imaginava, ele tinha alguns...muitos pontos.

Quando Erwin entrou, ele foi acolhido pela casa, mas quando Marie apareceu no tecido de seda, ele teve vontade de se prender dentro de um dos cômodos da casa aconchegante até a aparição feminina ser algo da sua mente, apenas. Ela estava realmente atraente, os cabelos puxados para cima em um coque bem feito que sobressai os detalhes do seu rosto, ela sorriu e Erwin forçou seus músculos cansados a fazerem algo parecido com isso.

-Querido, você chegou tarde!-Ela disse, amável e alienada, Erwin aquiesceu com a cabeça momentos antes de deixar o casaco pendurado próximo à porta e evitar o contato com sua esposa.

Erwin sentia alguma coisa por Marie, quer dizer, depois de tantos anos casados, você eventualmente acaba criando alguma simpatia pela pessoa. Mas nada disso era forte o suficiente para trazer alguma culpa tão grande, às vezes ele se irritava por Marrie ser estúpida e nunca ter notado nada, ou frustrado por ela simplesmente continuar ali. Continuar abrindo as pernas sugestivamente e mostrar sua vagina expelindo algo em direção ao membro tão pouco roliço do seu esposo, em como os lábios rúbidos procuravam o pênis de Erwin em sua boca, ele nunca ficava duro se abrisse os olhos e visse que era ela e não ele. Com Marie, Erwin estava apenas existindo, com Levi, ele vivia. 

-Como foi lá?-ela disse esfregando suas costas, Erwin retraiu e ela ignorou por ser doloroso demais.

-Ótimo, aqueles universitários rebeldes são um problema.-Erwin riu internamente antes de sentar no sofá, combalido demais para continuar em pé, ele pensou que Levi teria problemas para isso e o pensamento lhe fez sorrir um pouco amargamente.

-Eu vejo.-Marie suspirou e sentou-se ao seu lado, as mãos finas encontraram as de Erwin no colo e o homem franziu o cenho antes de forçar algo parecido com um sorriso.

-O que foi querida?

-Onde está sua aliança?-Ela mexeu nos dedos angustiada e Erwin arregalou os olhos com a realização.

-Ah, eu provavelmente acabei tirando para assinar algumas provas.-Erwin proferiu colérico, embora ele não estivesse realmente chocado ou assustado. Marie observou por um tempo e finalmente se levantou irritada, cruzou os braços e encarou seu marido com uma raiva que ela sabia que tinha direito. 

-O que está havendo?-A mulher indagou abismada, sua frustração reprimida sendo algo abertamente visível agora, Erwin atritou o rosto confuso quando viu sua esposa mexer entre as roupas, agoniada.

-Como assim?-Erwin estava genuinamente confuso, isso levou a uma indignação maior na expressão da mulher.

-Você está me evitando Erwin! Nós não transamos já faz meses, você mal me toca! Mal fala comigo, está tão aéreo e afastado! E agora…-Marie puxou a mão dele com raiva e apontou o indicador no dedo vazio. -Agora não está usando a aliança! Você está me traindo?!

Finalmente, Erwin refletiu com alguma diversão.

-Não, claro que não, você enlouqueceu?!-Erwin pontuou com aquela segurança e manipulação que convencia até os mais sabidos.-Nunca faria isso com você, eu só esqueci de usar a aliança depois de tirá-la em um certo momento de exaustão!

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