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Uma semana depois, Samuel estava sentado na segunda fileira de uma van que as freiras alugaram pro passeio, ele estava ao lado de Bianca. Samuel estava um pouco incomodado com Bianca vira-se toda hora pra falar com suas amigas que estavam no banco de trás do deles."Pelo menos eu tô pro lado da janela" pensou ele.
Um tempo depois, as freiras começaram a entrar e fecharam a porta da van. Samuel olhou para a janela e viu Ryan acenando pra ele, ele acenou de volta. Ele ficou triste na hora, ele queria muito que Ryan podesse ter ido, talvez ele tivesse aproveitado mais o passeio.
A van começou a andar.
As freiras já tinham o alertado a todos que eram pra se comportar.
Com o tempo, Samuel percebeu que tinha preferido ter ficado em casa, ele estava um pouco cansado apesar de não ter feito nada o dia todo, ele deu um cochilo por um tempo mas logo foi acordado Bianca que não parava de se mexer em sua cadeira:
- Dá pra ficar quieta?
Ela se virou pra ele mas não disse nada. Samuel voltou a dormir.
Quando chegaram, Samuel foi direto brincar no balanço. Era seu brinquedo preferido.
Ele observou as outras crianças indo brincar nos outros brinquedos, as freiras foram, em fila, para onde estavam dando comida (e claro que elas não iam perder a oportunidade de ter uma boca livre).
Samuel estava perdido em seus pensamento quando uma menina se aproximou dele e sentou no balanço ao lado dele.
- Oi?- Disse ele um pouco assustado, ele não pensava que alguém ia querer se aproximar dele hoje.- Oi.- Ela não era do orfanato, ela estava usando uma blusa amarela e uma calça preta.
Por um tempo, nenhum dos dois falaram nada, só ficaram se balançando e olhando pra frente. Até que a garota perguntou:
-Qual o seu nome?
-Samuel. E o seu?
- Raquelly!
- Prazer, Raquelly.
- Prazer, Samuel.
Os dois se olharam novamente:
- Vamos brincar de esconde-esconde?
- Samuel pensou um pouco antes de responder, mas claro que ele aceitou, ele não queria ficar sentado se balançando ali.
- Tá, vamos lá.
Raquelly convidou outros amigos que estavam com ela, alguns recusaram (principalmente os mais velhos), mas outros aceitaram empolgados.
Eles foram brincar em uma área mais calma, eram seis crianças:
- Então, quem vai ser a mãe?- Perguntou Raquelly.
As crianças se entreolharam e não disseram nada:
-Ok, vamos tirar pedra, papel, tesoura...
As crianças ergueram a mãe e começaram:
- Pedra, papel, tesoura...

A Mulher Atrás da CortinaOnde histórias criam vida. Descubra agora