Seu Codim e João Gu

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A qual nome atendes, flor do cerrado?

Quais fonemas compõe teu chamado?
Como chamas tu que desafia o Sol de janeiro?

Sangras teu escarlate em pétalas fartas
Da terra suga a umidade e o alimento
Desfolhas na chuva, na seca, no alento
Diga-me, imperatriz do Norte das Minas, como se chamas?

Sangras teu escarlate em pétalas fartasDa terra suga a umidade e o alimentoDesfolhas na chuva, na seca, no alentoDiga-me, imperatriz do Norte das Minas, como se chamas?

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🐆

Mesmo que ele fosse mais velho que ela, homem feito de paletó e estudo, cada fonema forte daquele nome de língua estrangeira deixava os lábios de Açucena em tom de repreensão quando se dirigia a ele.

Seokjin!

— Ora, Açu, só um pedacinho o coronel nem vê — Seokjin respondeu com um tom tão juvenil que se ela não estivesse vendo o homem alto a sua frente, pensaria pertencer a um menino.

Desistindo daquela conversa sem destino, ela entregou a ele uma fatia da quitanda. O coreano soltou um gemido quase sujo de prazer ao rasgar com os dentes alvos a carne do rocambole feito por ela para a volta de Gael, o filho mais velho do patrão.

— Me dá sua mão — Seokjin pediu estendendo a própria palma de pele fina para ela. Açucena ignorou seu pedido dando a volta em seu corpo para repousar a merenda sobre a mesa onde ia acumulando as delícias que iam compor o banquete feito para Gael.

— Dou é nada, sai daqui e me deixa trabalhar. Quedê Doutor Francisco? Ele não tem serviço pra um atoa como você lá no hospital não?

— Que isso, Açu, trabalhei a noite inteirinha, estou cansadíssimo! Mas antes vim aqui só pra te ver e agora queria beijar seus dedinhos pequenos só pra agradecer o rocambole.

Se Açucena já não fosse árvore de fruta madura, poderia ter se deixado levar pelo tom choroso do aprendiz de médico, mas conhecia Kim Seokjin muito bem. O coreano tinha chegado a Cacau três anos antes junto de seu irmão mais novo, o gentil e eternamente apaixonado por tudo Kim Jungkook. Até mesmo a sua patroa tinha se deixado encantar pelos charmes do Kim mais velho, mas Açucena enxergava um malandro de longe.

— Trabalhou muito, foi? — ela perguntou com as duas mãos repousadas na cintura e Seokjin assentiu com uma expressão de falso cansaço. — Pois então vá dormir porque eu ainda não terminei a minha labuta.

— Por que tanto alvoroço com a chegada desse tal de Gael? — Seokjin perguntou em tom de falsa revolta.

— Ele vai ser o dono disso aqui tudo quando o Seu Manel morrer.

— Até de você?

Açucena lançou a ele um olhar de aviso e Seokjin se conteve a sorrir docemente.

— Isso é boato bobo dessa gente.

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