Me Envolvi

4•

*Maju on*

Acordei numa sala branca, muito iluminado, uns bipes no meu ouvido e flash de memória, foi tudo tão rápido, bateu muito rápido e eu comecei a ficar tonta de novo. Senti uma presença se aproximar....

PK: ei anjo, tudo certo cntg? - havia nele uma sinceridade, muito parecido com a Soph. Sla!
Maju: oi, tô um pouco tonta e não sei o que exatamente pra eu tá aqui. Tô com flash de memórias mais tá tudo muito confuso. - eu não sei porque a necessidade de falar tanto.
PK: até onde eu entendi, você teve uma crise forte de ansiedade, quando descobriu que minha irmã , sua melhor amiga é irmã do dono da maré, talvez por ela nunca ter comentado ou por você nunca ter perguntado l. - e ele soltou na lata tudo aquilo que eu sentia e queria que não fosse verdade. - Soph foi buscar umas roupas pra você, e eu tô indo resolver uns bagulho. PF vai ficar aqui te fazendo companhia. - dito isso ele me deu um beijo na testa e saiu.

Passado uns 10 minutos entra o médico com um rapaz, falando sobre minha ansiedade, me perguntando sobre minha ansiedade e isso pra mim é um gatilho. A única pessoa que sabe sobre a história que a Soph e eu nunca mais falei sobre com ninguém. Então consequentemente comecei a ficar ofegante e o rapaz mandou ele parar de falar e veio até mim.

Xx: ei loira, fica bem que ninguém aqui vai te importunar sobre nada que você não quiser falar qualquer coisa me chama - e ele ia saindo, mas ele me trouxe um sentimento de lugar seguro, de família e eu segurei a mão dele.
Maju: não sei quem você é, mas fica por favor. Não quero ficar só, não posso ficar sozinha. - não conseguir segurar as lágrimas. - nem sei seu nome, mas tu tá me trazendo um sentimento bom.
Xx: sou Paulo Fernandes, mas pode me chamar de PF. - me deu um abraço e deitou comigo. Ficamos em silêncio por vários minutos e mesmo no silêncio, eu sentia que tava preenchida e que tudo tava onde deveria tá. - Maju você tá com raiva da Soph?
Maju: eu não tô com raiva dela, nunca conseguiria ter. Só não entendo o porque dela não ter me falado, me senti um pouco traída. Mas tranquila. Vou ter a oportunidade de conversar com ela - e ela chegou bem na hora.

Ficou um silêncio constrangedor PF falou baixinho no meu ouvido: "todos nós somos quebrados e se juntarmos todos os caquinhos, vamos consertar aquilo que achamos que não tinha concerto." - me deu um jeito na testa e saiu da sala.

*Manu off*