04- "encomenda" entregue

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EMMA CLARK

amo minha amizade com a zoe, posso dizer que minha parte favorita do dia é quando estou com ela, sinto que só ela me entende, não sei explicar mas ela é uma pessoa incrível e faz parte da familia, zoe mora com a mãe em um apartamento pequeno em um dos bairros mais afastados da cidade, porém por outro lado seu pai é rico e muito bem sucedido com seu próprio negócio e apesar de ter o luxo bem aos pés dela ela prefere a vida simples porque foi assim que ela cresceu mesmo ela podendo pegar o último iPhone lançado na loja agora mesmo e é por isso que ela estuda aqui.

- tá bom, depois da aula me encontra no corredor e vamos juntas para o estacionamento - falo deixando ela vencer ainda com uma ponta de culpa sobre mim, sei que é decisão dela e ela não vai mudar de ideia mas agora ela corre risco por ideia minha.

- combinado emmazinha - ela da um sorriso provocante, ela sabe que eu odeio que me chamem assim.

- vai se ferrar zoe - mostro o dedo do meio pra ela e ela sorri antes de nos separarmos pelos os corredores.

bem na hora, a primeira aula já acabou e agora está na hora das trocas de sala, ainda não falei com o Justin hoje, mas sinceramente, prefiro evitar.

- Ei emma - ouço a voz de justin.

cedo demais.

- oi justin- falo sem demonstrar qualquer emoção.

- onde você estava? fiquei preocupado, britany disse que não viu você também - ele segura minha mão e eu sinto um desconforto.

- eu tava com a zoe tá legal, eu tô bem justin - afasto minha mão.

- olha amor, você sabe que a zoe não bate muito bem as vezes, você tem que focar nos estudos e não matar aula pra bater papinho.

- se veio me falar merda sai da minha frente, ainda não esqueci o que aconteceu e você falar assim da zoe não vai ajudar - falo sem reação, agora ele quer me controlar?

- porra emma, tô tentando te ajudar, sei que fui um canalha tá bom? mas me desculpa, eu não sei o que tá acontecendo, sem você eu não pareço completo aí eu pareço mais idiota ainda - ele faz soar triste.

- tá bom, só fica longe por um tempo tá? - olho pra ele e ele faz um sinal de que sim mas quando me viro para ir pra sala ele segura no meu braço.

- emma, hoje é a festa do george não esquece, temos que ir juntos, você sabe que sem você não tem graça - ele tenta me beijar mas eu só concordo com o que ele disse ele afasto.

sempre sinto que em toda briga o justin começa a se fazer de vítima e querer fazer com que eu me sinta culpada, mas eu nem sei mais o que é isso, o que nos temos, ter brigas como essa me esgotam e eu sei que não mereço alguém que me precione a fazer uma coisa que eu não quero, mas, ficar sem ele, me traria problemas e eu amo ele, não amo?.

- finalmente você chegou, tive que fazer um esforço pra mentir pro Justin - diz brit e eu só dou um sorriso amigável.

evitei Justin ao máximo e decidi ir embora com a zoe já que íamos juntas pegar a "encomenda", esperei ela por alguns minutos no corredor mas ela logo apareceu.

- que demora z, não é legal se atrasar com traficantes - falo a ela.

- traficantes? pra mim só são adolescentes tentando ganhar dinheiro - ela ri.

- mesma coisa - dou risada.

fomos até o estacionamento e o vincent e mais um cara estavam parados em um canto.

- não sabia que ia trazer uma amiguinha para os negócios, você é surpreendente clark eu pagaria pra ver sua fama decaindo assim que descobrirem seu novo hobbie - diz vincent assim que me aproximo.

- prazer zoe, aliás não faço questão de saber quem você é, então me poupe de cumprimentos, passa logo o negócio aí - zoe começa o assunto.

- olha vincent, ninguém aqui tem saco pra ouvir seu papo furado, porque não age como alguém maduro que realmente sabe lidar com o negócio mesmo que seja drogas? - falo.

- prazer, sou o peter- diz o cara do lado dele.

- oi Peter - eu e zoe falamos juntas enquanto o vincent observa.

- muito engraçadinha vocês duas, vamos ver se vão ser maduras o suficiente pra conseguir toda a grana em dois dias, vão ter que vender tudo, depois a gente acerta
os valores, e se você quiser mais, podemos negociar mas tudo depende do seu desempenho - ele mexe na mochila e pega um pacote enquanto eu zoe e até o tal de peter prestavamos atenção - os comprimidos azuis....

- espera, se for falar o nome das drogas nem começa - interrompo.

- garota, você tem que saber o que vende é assim que as coisas funcionam - ele me olha.

- só me fala o que cada uma é capaz de fazer, eu explico pras pessoas e tá tudo certo - respondo.

depois de revirar os olhos ele descreveu o efeito de cada uma, eram pílulas, pó e eu não fazia ideia de nada do que ele tava falando, mas consegui entender perfeitamente o efeito de cada uma e posso deduzir que a zoe até escreveu os significados no celular.

- bom, aproveite sua técnica de descrever o que cada uma faz e vamos ver se você consegue voltar sem nada, clark. - ele me encara profundamente como se aquilo tivesse que me causar medo, mas ele não me dá medo, só me deixa tensa, acho que ele deixar qualquer pessoa assim.

- e zoe, ela não tá sozinha - diz zoe.

- é e você - Vincent diz sem dar importância.

- valeu vincent, até daqui dois dias, quanto eu voltar sem nada - falo encarando ele dessa vez.

- para de me tratar como se eu fosse um velho me chamando pelo o nome inteiro, me chama de vinnie, e boa sorte cãozinho do justin - ele sorri de canto.

odeio o jeito que esse garoto acha que tem algum poder e algum direito de me chamar desse jeito.

- vai se fuder, vincent - falo e ele não dá a mínima, pegando sua mochila e se virando chamando Peter.

- seu bundao do cara... - zoe começa a gritar mas logo tampo a boca dela.

- talvez ele reconsidere um xingamento, mas não tenho certeza sobre dois, então, não vamos se arriscar - ela concorda e eu tiro minha mão.

- mas que garoto cuzão em, se você não dependesse desse cara eu teria falado tanto - ela fala seria enquanto eu guardo o pacote na minha mochila.

- eu também z, pode acreditar - falo.

- quando você começa a vender? - zoe pergunta enquanto entramos no carro.

- hoje. - afirmo.

- hoje? - ela pergunta surpresa.

- sim, hoje, tem a festa do george que eu tenho que ir com o Justin, então vou tentar lá, aposto que vai ter vários querendo usar esse tipo de coisa, o George só tem amigos assim - coloco minha mochila no banco de trás e ela também.

- e tá tudo bem entre você e o babaca do Justin? - ela pergunta enquanto coloca o sinto e liga o som.

- não sei dizer, mas não precisa chamar ele assim, brigas de casais são comum, vamos ver no que vai dar - falo sem querer tocar muito no assunto, sei que zoe percebeu meu desconforto mas não me obrigou a dizer mais nada.

no caminho pra casa só falamos sobre coisas bobas e ouvimos música, cantamos juntas, até tínhamos nos esquecido no peso que agora carregamos e que está nas nossas costas, porra, na onde eu estava com a cabeça quando achei que seria uma boa ideia?.

Love is a drug  - vinnie hacker Onde histórias criam vida. Descubra agora