❥ 𝙼𝚊𝚍𝚊𝚛𝚊 𝚄𝚌𝚑𝚒𝚑𝚊 𝚎 𝚂/𝚗 (HOT)

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Ela me provocava há dias, desde nossa última briga. Não que estivemos a nos ignorar por essa semana que passou, mas fizemos o famoso... voto do silêncio.

Veja bem, ambos estávamos com ciúmes. Ambos somos orgulhosos e nunca pediremos desculpas.

Claro que me partiu vê-la chorar quando proferi aquelas palavras. Me doeu muito. Acho que, algo dentro de mim sabe que ela pensa ser só mais uma. Nem uma, já que nunca a toquei.

Mas é ridículo ela pensar nisso. Eu amo essa pirralha, de uma maneira incondicional. Nunca vou admitir, é claro.

Mas, jamais imaginaria me apaixonando pela filha de Hashirama Senju, meu proclamado inimigo.

Para falar a verdade, é estranho pensar em como um dia ela era só uma oferta de paz entre os clãs, "oferecida" pelo próprio pai para apaziguar uma possível guerra, e no outro, a dona do meu corpo inteiro.

Claro que Tobirama, seu tio, não ficou contente com isso. Chegou a declarar guerra contra nós, Uchihas, e há boatos que ameaçou se tornar renegado. Mas, por sorte, essa garota impediu-o de fazer qualquer besteira, tranquilizando-o, dizendo que estava bem aqui. Como minha esposa.

Nós nos odiávamos no começo, mas com o passar dos meses, o silêncio virou frases curtas, que evoluíram para conversas diárias, até chegar o momento onde esperávamos pelo fim do dia, e nossos desabafos sobre tudo.

Ela havia deixado claro que não queria ser tocada intimamente por mim, e, por mais que eu deseje ela, nunca vou fazer algo que não queira.

Não me toque. Nunca. Se quer transar, pague uma puta particular. Tem dinheiro para isso. - foi o que ela disse. E eu respeitei.

Mas semana passada, quando voltei de um treino corporal, onde eu era o sensei de mulheres do clã, ela cheirou o perfume de uma delas, que serviu como manequim para representação dos movimentos e simplesmente surtou!

Jura, Madara? Eu sei que disse que poderia transar com uma puta, mas não imaginei que faria isso. Achei que tivéssemos alguma coisa, porra!

Ela estava tão nervosa e chorando tanto que não me deixava explicar. Me expulsou de meu próprio quarto e não saiu de lá por três dias consecutivos.

Aí, de repente, ela passa a andar pela casa com nada mais que retalhos de tecido cobrindo o corpo, coisa que nunca tinha feito, e saindo durante a noite, voltando por altas horas da madrugada!

Nós não temos uma relação afetiva então, obviamente, eu não deveria me importar. Mas eu me importo. Até porque, ela é minha mulher, e eu odeio o fato de que qualquer um, que não seja eu, a toque. Isso que eu nunca a toquei.

E é por isso que agora, exatamente dez da noite, estou parado de frente à porta do quarto dela, esperando-a sair.

A porta se abre e mostra sua figura esbelta e corpulenta. Com curvas certas, nos lugares mais interessantes possíveis.

Gostosa; penso.

Ela está mais arrumada que o normal. Quando me vê, apenas retesa o corpo, estica a postura e faz menção de passar por mim. Mas interrompo seu caminho.

Ela respira fundo e foca o olhar em mim.

"Madara, pode sair? Tenho compromisso hoje." - são suas primeiras palavras para mim em dias.

Não faço menção de me mexer.

Ela bufa, revirando os olhos, indignada. Tenta desviar para passar por mim mas entro em sua frente novamente.

"Porra Madara! O que deu em você hoje?" - ela abre os braços inconformada.

Levanto uma sobrancelha. "O que deu em mim? Em mim, S/n? Olha para você! Saindo toda noite com sabe-se lá quem!"

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