Desejos reprimidos?

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E se Jorge já tivesse um desejo reprimido por assassinatos e canibalismo, mas nunca tivera de fato coragem para executá-los?

Se pensarmos por esse lado, há elementos que podem servir de sustentação para nossas bases.

O primeiro, seria as filmagens que Jorge e Isabel faziam (isso, 20 anos antes do primeiro assassinato). Eles produziam curtas de terror, que envolviam dentre vários roteiros e cenas, assassinatos brutais, tortura e o próprio canibalismo. Como se o desejo por aquilo sempre estivesse dentro dele, e ele encontrou nas filmagens um meio para expressá-los.

A segunda teoria envolve o "recrutamento" de Isabel, como se fosse nela que ele esperava  encontrar força e coragem para iniciar tudo.

Informação importante que fará sentido logo: no dia do casamento de Jorge e Isabel, o noivo teve uma forte crise psicológica, onde ele surtou e saiu correndo. Inclusive, ele sustenta que foi o próprio pai -já falecido- e os amigos de infância -o querubim e o arcanjo- que o acalmaram e o fizeram voltar até o altar.

Jorge, em depoimento, afirma ser controlado pelas vozes que vivam em sua cabeça. Com isso, é possível teorizar que talvez ele tenha "caído" na real que estava se casando justamente quando estava de frente para Isabel no altar. Por isso a crise. E por isso as coisas o convenceram a voltar. Talvez fosse um plano de recrutamento para cometer os crimes.

Um terceiro fator agregado a teoria acima é que o próprio Jorge afirma que pouco tempo depois do casamento passou a sentir um amor maternal por ela e não tinham uma vida de marido e mulher. 

Por fim, ele achou na personalidade narcisista de Bruna o estopim para o canibalismo e o assassinato, já que foi após ela chegar em sua vida que os crimes começaram realmente. 

Os Canibais de GaranhunsOnde histórias criam vida. Descubra agora