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Prólogo

Meu nome era Tywlla Fox.

Uma jovem de 22 anos, que estava no auge de sua vida, com o emprego dos sonhos, independente e totalmente livre.

Até que no meu aniversário de 22 anos eu resolvi comemorar por tudo que eu tinha e a onde tinha chegado com apenas 22 anos de idade.

Na primavera, no dia 22/06, em uma quarta-feira, no dia exato do meu aniversário eu cai de um cavalo.

Sim...

Cai de um cavalo aos 22 anos e aquela havia sido a porra da primeira vez em que montava em um cavalo. E tive a fodida sorte de cair de primeira.

Assim que fui jogada do outro lado da cerca após correr a mil por hora em cima daquele cavalo, eu cai no chão que nem um verdadeiro saco de estrume, e entrei em coma assim que bati contra o chão.

Digo isso porque senti o impacto e ele havia sido tão forte que senti quando fui apagando aos poucos, conforme os meus órgãos iam morrendo a cada minuto que se passava.

Fui levada ao hospital que ficava 1 hora e meia da maldita fazenda dos meus pais, e segundo eles, aquele era o hospital mais próximo.

Uma hora e meia em uma caminhonete, em uma estrada de terra. Uma hora e meia de tortura, e que bom que o hospital era perto. Imagina se não fosse.

Depois de chegar ao hospital e ser levada para um quarto enquanto esperava para ser atendida, eu vi um leve deslumbre do céu. Enquanto os maltidos médicos não chegavam, eu estava ali coberta de cortes e espinhos, sangue pelo corpo todo e um corte de 6 centímetros na cabeça, e além de uma costela quebrada, uma perna quebrada e um braço deslocado.

Eu não estava sentindo nenhuma dor, pois havia entrado em coma rumo ao céu. No entanto, depois de longos 10 minutos de espera, após verem o meu estado eles me levaram para a sala de cirurgia.

Eles não sabiam que tudo era em vão.

A minha alma estava condenada por toda eternidade, enquanto eles corriam entre os corredores com o meu corpo em uma maca, um corpo que estava prestes a dar os seus últimos comandos, pois eu já não estava mais ali.

Enquanto eles iniciavam a cirurgia, eu estava tendo uma ótima e tranquila conversa com a minha querida amiga, conhecida por tantos nomes e por tantas pessoas, a Morte.

Eles lutavam para tentar me reviver enquanto a morte ria da cara de cada um deles, inclusive a minha, e enquanto assistia cada um deles, ela dizia para mim:

Eu senti sua falta, criança

E logo em seguida vieram em minha mente todas as memórias das minhas vidas passadas, todos os momentos de todas as vidas e tudo passava em alta velocidade e mesmo assim eu conseguia ver cada uma de cada vez.

Me fazendo lembrar de quem eu realmente era e de como tudo começou, e porquê de tudo daquilo está acontecendo mais uma vez.

E mais uma vez, eu lembrei de tudo e todos, do início de todas as vidas, ao fim de cada uma delas.

Então eu acordei em meu quarto, na minha casa, em uma noite fria de outono, e após sentar na cama e dar um grande suspiro eu disse para mim mesma:

Tudo não passou de um sonho.

Mas, meu querido, eu não sabia, ninguém sabia que tudo era real e que eu havia sonhado com a minha quinta vida.