Gato magricela.

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Esses gatos são uns pestinhas, sempre invadindo o depósito e derrubando tudo... Quando entrei no depósito panelas e algumas latas estavam no chão.

-Cade esse pestinha- comecei a procurar o responsável por essa bagunça. Depois de uns minutos sem o encontrar comecei a arrumar tudo e quando fui levantar uma das panelas em baixo todo encolhido encontro um gatinho todo preto dos olhos azuis, era tão pequeno e magricela os pêlos curtinhos e opacos.

-Seja um bom garoto e vem comigo, por favor... - disse esticando os braços e pegando a criatura no colo, fui com ele no fundo do restante do lado de fora tinha uma lixeira enorme e do lado várias caixas de papelão, peguei uma quadrada pequena que coubesse ele, peguei a caneta que mantinha em meu avental e fiz alguns furos, coloquei o gatinho dentro com um potinho de plástico com leite. Escondi a caixa no vestiário e voltei para o salão do restaurante, espero que minha mãe não se importe mas ele é tão indefeso, acredito que se continuar na rua não irá sobreviver por muito tempo.

Foi só chegar que um senhor do canto do salão me chamou.

- Me traz uma cerveja e uma porção de fritas gostosa - disse enquanto me olhava de cima a baixo. Anotei o seu pedido sem dizer uma palavra, quando me virei para sair senti uma mão batendo em minha bunda - aiiii que ódio desses clientes velhos, barrigudos e o pior TARADOS!!!!!!- sai engolindo a raiva, pois se eu fizer algo simplesmente perco meu emprego, ai que ódio.

Passei o pedido para a cozinha.

- Lucinda, pode vir aqui por favor - escutei minha amiga me chamando e fui em direção a mesa dela.

- Boa noite, no que eu posso ajudar? - falei seca por conta do Rafael que estava do seu lado quase me comendo com o olhar.

- Amiga esse é o Rafa - falou apontando pro rapaz que ela já cansou de me mostrar fotos, vídeos e tudo o que ele postava, podia até não conhecer ele mas a sua fama eu conhecia bem e ela apesar de não acreditar também- e esse é o Daniel ele chegou faz pouco tempo na cidade e já conseguiu entrar para time do Rafa.

-Ola, Linda?!- disse com um sorriso de canto, ele tinha uma voz grossa para a idade e era realmente muito lindo ele tinha olhos castanhos bem claros e os cílios e as sobrancelhas eram fartas mas bem desenhadas, aquilo saindo da gola da jaqueta eram tatuagens? Não consegui ver os desenhos muito bem... Mas não tem importância da onde ele tirou essa intimidade? Só minha mãe e a Luiza me chamava assim!

-Olá, seja bem vindo! - revirei os olhos para ele - Vocês querem pedir algo?

-Queremos saber se você pode sair com a gente depois do trabalho, vamos para a casa do Dan.

-Queria amiga mas tenho que ir para casa, não dormi direito essa noite. - menti.

- Vamos gatinha, você pode sair mais cedo, nós te levamos para casa. - disse Rafael, não sei por que mas esse menino me irrita só de abrir a boca.

- Desculpa mesmo, mas vou ter que deixar para a próxima. Querem mais refrigerante? - vi que os copos do Rafael e da Ingrid estavam vazio, mas o Daniel estava cheio, ele não tinha tocado em nada que tinha pedido.

- Claro, pode trazer. O meu é uma coca só com gelo e o da minha princesa é uma coca com gelo e limão.

Me virei e fui pegar as bebidas, fui incomodada sentindo um olhar sobre mim que chegava a me arrepiar, não vou olhar para trás, não vou olhar para trás, não vou olhar ... Me virei e era o Daniel, me olhava tanto que não chegava a piscar. Que esse menino tá me olhando desse jeito? Mais que saco!

Uns 20min depois eles foram embora e só aí consegui ficar tranquila, me sentia incomodada e com uma sensação estranha dele me olhando daquele jeito, conseguia me arrepiar, era como se minha pele pegasse fogo... Eu não entendia...

Fiquei responsável por esperar todos irem e fechar a lanchonete, o que não demorou muito, bati meu ponto 00:20 fui para o vestiário e troquei de roupa guardei tudo na bolsa peguei a caixa com o gatinho, abri para dar uma espiada nele que estava a dormir tranquilamente e o pote que tinha leite estava já vazio.

-Estava com fome em pequeno - fiz carinho em sua cabecinha, fechei a caixa novamente e sai. Do lado de fora dos fundos coloquei minha bolsa e a caixa no chão, essa porta sempre da trabalho para fechar, que merda.

Do nada sinto mãos passando pela minha cintura e colocando contra a porta - meu corpo congela, não conseguindo me mover ou gritar. Um cheiro forte e doce estava atrás de mim e ficava casa vez mais forte, comecei a sentir um ar quente se aproximando do meu pescoço que me fez arrepiar, até que lábios pousaram e começaram a beijar. Tentei me mexer para sair mas agora além dos braços eu conseguia sentir o tronco da pessoa contra as minhas costas me prensando com mais força. Os beijos começaram a aumentar a velocidade - estou soando frio, não consigo gritar! Porque eu não consigo pedir ajuda?- ele soltou uma das mãos que apertava e acariciava minha cintura foi para minha nuca puxando levemente para o lado contrário, ele lambia e beijava meu pescoço me arrepiando. Ele passou a mão para a frente do meu pescoço apertando levemente e jogando minha cabeça para trás, sua boca estava mordiscando meu ouvido quando um gemido escapou... Espero que ele não tenha ouvido...

-Só a cara é de inocente, Linda? - eu sabia de quem era aquela voz, eu sabia de quem era aquele cheiro, porque ele está fazendo isso comigo? Por que ele tá aqui? Estava apavorada o que ele ia fazer comigo? - Seu nome combina perfeitamente com você e esse seu cheiro de baunilha.

-O que você quer de mim? Você é igual os seus amiguinhos, acha que mulher é brinquedo! Me solta!

-Só se me pedir com jeitinho... - não precisava nem olhar para ele para saber que um sorriso malicioso estampava seu rosto. Ele com a mão direita que já não está mais também em minha cintura descia invadindo a minha calça jeans de coz baixo azul clara batida, por cima da calcinha de renda começava a me acariciar e a esquerda em meu pescoço fazendo pressão sem parar de beijar e lamber meu pescoço - isso não deixava minha pele relaxar, estava completamente arrepiada e odiava estar assim e ele saber!- Vamos gatinha, pede!

- Caralho Daniel, me solta agora para de palhaçada!

-Só por que não foi com jeitinho eu não vou soltar - ele ri.

- Vai sim, se não quando eu sair daqui vou chamar a polícia!

- Vai é? - diz beijando meu pescoço com mais vontade, mordiscando meu queixo... E pera aí? Ele lambeu minha bochecha? Que nojo!

- Vou sim senhor, isso que você está fazendo é abuso!

- Não é abuso quando a pessoa gosta e pede mais.

- Eu não quero e NÃO estou pedindo mais! - disse completamente irritada com esse infeliz, quem ele acha que é?!

- Não está pedindo ainda.

- E nunca vou pe...- antes de terminar o que estava dizendo as mãos e o peso dele saíram de cima de mim, me deixando molhada e livre. Esperei um estante para recuperar o fôlego que eu nem perceberá que tinha perdido e me virei.

Ele não estava mais ali.

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Olá pessoas, obrigado por lerem até aqui. E espero vocês no próximo capítulo!
Não esqueçam de curtir, comentar muiiiiiito e compartilhar também!

XOXO.

Doce AmanhãOnde histórias criam vida. Descubra agora