Que nome eu te dou?

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Quando consegui me recompor peguei minhas coisas e fui até a casa da Ingrid.

-Deus por favor que a Dona Fernanda não esteja me esperando... - rezei.

Para minha sorte não estava e consegui sair sem me preocupar e tentando fazer o menos barulho possível.

Calma para quem esta preocupado com o gatinho ele esta por dentro de minha jaqueta. Fui pilotando com uma mão e o mais devagar possível, sei que não foi a coisa mais responsável que pude fazer mas não tive opção...

Chegando em casa guardei a moto na garagem do lado da Cbr 1000RR Repsol, que estava coberta por não ser usada a algum tempo e fui direto para o meu quarto.

Tirei a caixa com o gatinho de dentro de minha blusa e coloquei em cima de minha cama, o que eu faço agora Senhor??? Nunca cuidei de um animal! Peguei um daqueles cestos de organização trançado que eu mantinha minhas partituras, coloquei elas em uma gaveta da cômoda antiga que eu tinha de madeira de mogno. Coloquei uma manta dentro do cesto e um ursinho daqueles das maquinas para fazer companhia a ele, logo fui a cozinha fazer algo para comer e procurar algo que pudesse ser os potinhos temporário do gatinho.

Assim que ambos já estávamos alimentados fui para o meu banheiro, coloquei a banheira para encher - depois de hoje eu mereço- comecei a tirar a minha roupa, estava tiram minha blusa quando senti um cheiro. O perfume dele ficou impregnado em minha roupa e coloquei ela pendurada em um dos ganchos que tinha atrás de minha porta, e entrei na banheira...

Não consigo entender, por que alguém acha que tem direito de violar o corpo de alguém assim, esse cara é idiota, apenas mais um rico mimado pelos pais! Como alguém faz isso e acha que quem sofreu abuso vai pedir mais? Quem ele acha que eu?!

Peguei meu celular e coloquei meu celular nas minhas músicas, hoje não estava com clima tão bom então fui de Sam Smith - esse cara consegue me colocar mais no fundo do poço ainda com essa voz, mas as letras partia meu coração....

Algum tempo depois - pouco depois de perceber que eu estava virando uma senhora de tão enrugada- sai da banheira e coloquei meu pijama. Era um short velho de algodão e uma regata - do meu irmão Cam, ele era 4 anos mais velho que eu.- era algo reconfortante, pelo menos uma lembrança da existência dele. Fechei a porta/"janela?", que dava para a sacada, me aconcheguei na cama puxando um Tigrão - aquele do desenho- grande que tenho para dormir abraça. Quando estava quase dormindo algo pulou em meus pés, o que quase me fez ter um infarto, esqueci completamente da existência dele. O gatinho veio e se aninhou perto de minha cabeça na parte de trás, só então que percebi que ainda não tinha dado nome a ele.

Mais um dia chegou e como sempre sem nenhuma vontade de levantar. O sol ainda não tinha aparecido e estava carregado de nuvens escuras, prometendo chuva. Amo esses dias de bastante vento, chuva e preguiça, sentar na cama com um bom livro e uma xícara de chá é sem igual.
Tomei meu banho, coloquei uma calça jeans preta, blusa lisa branca, meu moletom da Gryffindor e o par do meu all star preferido que tinha a bandeira do Reino Unido estampado na lateral envelhecido por bastante sombra preta e buracos, coloquei em minha bolsa uma capa de chuva e meu uniforme da lanchonete. Desci as escadas, larguei a bolsa em cima do sofá da sala e fui para a cozinha, preparei o café da manhã de todos, até peguei uma flor no jardim dos fundos que minha mãe ainda insistia em cuidar e coloquei em sua bandeja, tomei a liberdade para colocar o meu café também e subi.

- Bom dia mãe, está acordada?- fui empurrando a porta com a cintura, minha mãe já estava sentada e lendo um livro, hoje ela estava mais corada.

- Bom dia Linda, acho que os vizinhos adotaram um gato, escutei miados a noite toda. - pronto, travei. O que eu falo para essa mulher? Como explico?

Doce AmanhãOnde histórias criam vida. Descubra agora