Polipropeno

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Às vezes tudo que eu quero é amar 

Já ansiou por ter alguém e mesmo depois de incansáveis buscas, ninguém achar? 

Com o tempo ficou claro 

O problema estava no receptor de sentimentos, aquele que guarda as emoções: 

Foram infinitas as vezes que, sem querer, parti corações 

A mais pura verdade é que nunca consegui amar 

e também não é para menos, meu receptor de sentimentos nunca deixou ninguém entrar 

Tão impenetrável e tão impossível de amar 

Um lugar onde a frustração é guardada e a paixão espera na entrada 

onde o maior dos sentimentos é ameno

Estou falando dele:

Meu coração de polipropeno 

As colunas construídas com proteção:

aço, metal e concreto; revestidos de cautela e preocupação 

Aquele, que no lugar do sangue, bombeia veneno

matando suas vítimas que tentam o invadir e me esmaecendo:

tão inocente e solitário... meu coração de polipropeno.

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