Resumo: o título é autoexplicativo, é o casamento na visão do cardan ;)
Contagem de palavras: 2200
Aviso: a cena original pode ser encontrada do capítulo 29 de "O Rei Perverso"
logo eu vou escrever a cena do exílio dela, que acontece bem depois do casamento!
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CARDAN
Sou levado para os meus aposentos assim que Jude sai.
A última coisa que faço é descansar. Os acontecimentos desse dia rodam pela minha cabeça. Eu não faço ideia de como pude me deixar enganar. Jude e Taryn são gêmeas, mas nunca vi pessoas mais diferentes que elas.
Taryn é a gêmea comportada, que ouve tudo e nunca rebate, nunca questiona, nunca age. Ela é exatamente o que Madoc quer que seja, tão facilmente manipulada e sem nenhuma habilidade em especial.
Jude, por outro lado, é o completo oposto. Sempre tem uma resposta na língua, não permite que duvidem dela, é teimosa e mandona ao extremo e quando duvidam dela, ela vai lá e faz. Ela tem uma necessidade de se provar que Taryn não tem.
Agora eu me lembro de ter reparado que Jude – ou melhor, Taryn – usava brincos, coisa que eu nunca vi Jude usar. Estranhei, mas estava bêbado demais para ligar ou questionar. Mas pensando agora, e analisando a cena em minha mente de Taryn com aquele brincos, sabendo que era ela, e não quem eu achava ser, ela parecia diferente. Talvez mais atraente.
E pensando agora algo que eu nunca irei admitir, isso pode ter sido o que me fez achar que era mesmo Jude em minha frente. Sempre diferenciei as duas pelo modo de agir e também por que eu nunca poderia confundir as duas.
De qualquer jeito, está feito. Agora precisamos pensar em uma forma de resolver isso. O tempo de Jude está acabando, e sei que o que resta não é o suficiente para ela. Se tivesse um jeito de fazer com que ela consiga mais tempo e que eu fique livre das ordens dela...
Ou talvez, tenha. Mas é algo precipitado, e mesmo assim essa pode ser a única saída.
Me levanto de onde estava sentado e vou até as portas, os guardas do lado de fora se ajeitando quando me vêem, mas eu não preciso deles no momento. O que me interessa é a mensageira passando.
— Você — ela para imediatamente e se vira para mim, fazendo uma reverência.
— Sim, Grande Rei. – ela permanece de cabeça baixa, esperando que eu fale.
— Vá aos aposentos de Jude e chame-a. O Grande Rei requer a presença dela imediatamente. – ela assente com outra reverência e sai as pressas.
Volto a me sentar em minha cadeira, que mais parece um trono. Alguns minutos depois, ouço as portas sendo abertas e vejo uma Jude meio exitante.
