— Timothée Chalamet september; tuesday New York City
— E ai, cara — cumprimentei Partridge com um toque enquanto ele entrava em casa.
— E ai
Nos sentamos no sofá e ligamos o X-Box. Enquanto carregava e selecionávamos o jogo íamos conversando.
— Tim, vc realmente gosta daquela menina? — Louis pergunta dando uma olhada rápida no meu rosto.
Eu já pensei sobre isso antes. Eu realmente nunca gostei de ninguém pra falar a verdade, sempre foi só umas ficadas aí e aqui que nunca duram mais que umas horas.
— Sim — respondo — com toda a certeza eu gosto da June — solto um pequeno sorriso bobo que me esforço a tirar do rosto rápido — esse jogo mesmo? — pergunto pra ele sobre o que vamos jogar e ele assente.
— Cara, vocês só conversaram uma vez, como pode ter tanta certeza? — ele questiona mais uma vez com um semblante preocupado.
Louis sempre se preocupou comigo. Principalmente se o assunto for gostar de alguém. Ele já passou por um coração quebrado e acho que não quer que eu passe pelo mesmo. E eu não quero, nunca, que ele passe por isso de novo. Sempre fomos melhores amigos e vou sempre me preocupar com ele do mesmo jeito que ele se preocupa comigo.
— Eu não sei, Lou — reprimo os lábios e continuo — eu realmente não sei.
— Ela te chamou a atenção não é? Por que?
— eu não sei porque ela me chama tanta atenção, mas de uma coisa eu sei, ela é especial — respondo a ele.
Eu realmente não sei, se eu soubesse o por que disso tudo eu falaria a ele.
Nos olhamos, eu sei que parte vem agora.
— Olha, Timothée — sabia — eu vou aprovar tudo isso, claro. Mas eu preciso que você tome cuidado, eu sei que você nunca gostou de alguém e agora é sua primeira vez experimentando esse sentimento, e ele não é fácil de lidar. Acredite. Você pode não saber porque gosta dela, mas se você tem certeza de que gosta eu vou te apoiar totalmente — ele fala e eu presto atenção em tudo, é ótimo ele estar ao meu lado assim — além disso, ela parece realmente legal — nós rimos.
E passamos a tarde assim. De bobeira. Pedimos pizza e jogamos muito. Meus pais chegaram em casa e o convidaram para jantar, e ele foi embora logo após comer.
Faço a mesma rotina de sempre, ajudando meus pais e indo para meu quarto depois. Quando finalmente me deito na cama, reflito sobre meu dia.
Hoje na escola, June não leu nenhum livro. Se tivesse lido eu saberia, por que a observei como todos os dia eu observava.
Ao invés de ler, ela ficou sentada na mesma árvore de sempre, mas com seus fones de ouvido e sua amiga de sempre.
Provavelmente não leu por zelar muito ler apenas um livro por semana. Deve ser sua própria regra.
Eu sorria que nem bobo deitado na cama olhando pro nada e pensando.
Mas aí me veio uma ideia. Uma ideia não. A ideia.
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