dezesseis.

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— June Minoyza
october; friday
New York City

Já estava na hora do intervalo. Eu ainda pensava sobre mais cedo. Quem teria me enviado todos os presentes durante a semana? Por que Nailea, Louis e Timothée trocaram olhares daquele jeito? Por que haviam parado de conversar quando cheguei? Por que Timothée estava tão nervoso?

As aulas passaram e nem cheguei a perceber, pensava e pensava mais sobre tudo. Enquanto refletia, ficava mexendo no novo presente em meu pescoço, parece que virou um novo vício nervoso isso.

Enquanto ia em direção ao lado de fora para ler e lanchar procurava pelos corredores algum sinal de meus amigos.

É estranho se referir a Louis e Timothée como amigos ainda, é algo novo demais, esquisito demais, mas por falta de palavras para me referir a eles, escolhi chamá-los de amigos mesmo. Talvez nem seja tão ruim assim.

Sigo para a tão linda árvore do jardim, como é outono muitas folhas que antes estavam na árvore, agora estão no chão, tem um ar frio batendo aqui fora e isso me faz estremecer e me encolher mais contra meu corpo.

Olho para cima, mais especificamente nos galhos das árvores, como estão vazios, consigo identificar claramente qual galho é forte o suficiente para aguentar meu peso.

Hoje queria experimentar algo diferente, toda vez me sento no chão, mas agora quero me sentar em algum galho da árvore.

Seleciono um galho forte e começo minha escalada, é bem difícil com um livro em uma mão, mas tomo o maior cuidado que consigo para não estraga-lo.

Não só porque é um livro, mas também porque é um dos livros que ganhei naquele dia em que abri o armário e estava recheado de livros novos.

Foi um presente, e realmente não gosto de estragar presentes assim.

Chego ao galho que queria e me sento de maneira mais confortável possível.

Abro o livro e começo a ler, esquecendo de tudo a minha volta.

Não demora quase nada para eu parar de prestar atenção na história e escutar a vez de meus amigos.

— Onde ela está? — pergunta Nailea — ela sempre fica por aqui, tipo todo dia.

— Talvez esteja lá dentro, está muito frio aqui fora — diz Louis se abraçando por conta do vento gelado de outono.

— Acredite, Partridge, June nunca ficou lá dentro durante o intervalo, nem mesmo durante uma nevasca de inverno — retruca Nailea.

— Ela pode estar ainda na aula — sugere Timothée com as mãos nos bolsos.

— É, pode ser, melhor esperá-la por aqui — Nai se senta encostada no tronco da árvore e os dois garotos repetem seu gesto.

— Tim, ela não ia fazer aquele trabalho em dupla com você hoje a tarde? — Pergunta Lou a Timothée.

Meu Deus, o trabalho, eu havia me esquecido completamente.

— É — responde Chalamet — vamos fazer na biblioteca aqui na frente — aponta para onde seria a saída da escola.

— Timmy, quando você vai contar a ela? — Nailea pergunta depois de um pequeno silêncio entre os três.

Contar o que?

— Ainda não sei, talvez em breve — responde — não quero que ela saiba, pelo menos ainda não, estamos formando uma amizade ainda.

Céus, o que ele tem para me contar em breve?

— Qual vai o próximo... você sabe — questiona Louis a Timothée, ele não chega a falar o que é o "você sabe" o que faz atiçar mais ainda minha curiosidade.

Timothée responde tão baixo a pergunta, que não consigo ouvir daqui de cima. Apenas vi as expressões chocadas de Nailea e Louis, mas Timmy sorri.

O que será o "você sabe"?

Eles conversam mais um pouco, mudando de assunto. Eu me esforço para ouvir o máximo possível, mas a conversa termina quando Nailea nota que ainda não estou entre eles.

— A essas horas ela já deve ter com certeza saído da aula — Devora olha para a entrada do jardim — melhor procurá-la.

Eles se levantam e entram para dentro. Eu me certifico de que estejam longe o suficiente para eu descer silenciosamente da árvore e me sentar no chão como se eu estivesse ali o tempo todo.

Abro o livro mas não faço questão de ler no momento, em vez disso espero eles sairem aqui fora novamente, o que não demora muito para acontecer.

Nailea está entre os dois falando sobre algo, Louis parece prestar atenção, mas Timothée não. Ele parece preocupado enquanto olha para o chão chutando folhas secas. E retorna o olhar para a árvore que estou sentada, me vê ali e sua expressão parece relaxar novamente.

Ele para de repente, Nailea para o assunto com Louis porque percebeu a ação repentina de Timmy, ela e Lou seguem o olhar dele — que continua em mim — e Nai sorri ao me ver ali. Como se eu sempre estivesse ali.

— Finalmente, onde estava? Pensei que não viria — pergunta ela retomando a caminhada até mim.

Forcei um pequeno sorriso.

— Sr. Wells nos prendeu na sala de aula, disse que não liberaria ninguém até terminar o conteúdo — menti, mas isso é com certeza algo que Sr. Wells faria.

— É, suspeitamos que estivesse em aula — comenta Louis.

Os três se sentam ao meu lado.

— Tudo certo para hoje à tarde? — pergunto a Timothée me referindo ao trabalho que faríamos mais tarde.

Como se eu nem tivesse me esquecido.

— Claro! — ele reponde animado.

Começamos um assunto aleatório, eu não prestava atenção em nada. Ainda pensava sobre a conversa que escutei entre os três.

O que será que Timothée esconde de mim e não quer me contar?

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Boa noite queridos.

Estou me sentindo triste hoje, então me contem algo legal pfv!

Como foi o mês de vcs? Espero que tenha sido bom!

Comecei a ler Colleen Hoover, gente que incrível sério

Qual a estação favorita de vcs?
Me: inverno com certeza

O TIMOTHÉE NO OSCAR TAVA PERFEITO EU TOREI MT PRINT E VEJO TODO DIA AGORA TÔ VICIADA.

Bejobejo

— M.

!she¡ timothée chalametOnde histórias criam vida. Descubra agora