Isabela colocou as direções no Google maps e caminhou alegremente para a sua morte.
Finalmente chegou. A brisa fresca percorria os cabelos longos e ondulados de Isabela. Ela inspirava aquele ar húmido de madrugada e expirava o ar quente e pesado da sua alma. Ficou
uns 2 minutos com os olhos fechados, a tentar encontrar motivos para não fazer aquilo.
Exato, nada a prendia. Faltava apenas experimentar os cigarros. Isabela pegou num e acendeu-o. Aquele cheiro percorria os seus pulmões intensamente. Colocou-o na boca e inspirou a nicotina. Não teve tempo de expirar, pois tossiu-o. Era bastante forte, mas passado uns momentos, habituou-se. E até era bom. Era capaz de ficar viciada, se ficasse. Fumou mais um, este fumado mais devagar. Estava na hora. Olhou para os lados para ver se vinha algum carro.
Nem um naquele momento, só não conseguiu perceber se havia pessoas do outro lado da rua, pois estava muito escuro.
Ela tirou as botas e colocou o resto do dinheiro da raspadinha numa delas. Isabela subiu à pequena plataforma da ponte e...
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um gesto infinito de amor
Romancesuicídio, desapontamento, vida adulta e uma pitada de amor... uma história com uma dor sufocante e um par de mãos fortes e firmes.