Paris calls me - HyunLix

[grand final]

grand final
- grande final -

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Ni-Ki encarava os amigos da escola conversando em grupo, animados por serem convidados à festa, enquanto ele os detestava profundamente.

Cansado daquele cenário, e dos pensamentos insistentes, saiu daquele círculo de pessoas, se encaminhando para seu quarto.

À porta aguardava Felix, atordoado, sentado no chão com a cabeça apoiada na porta, o olhar distante. Ver a figura do irmão ali à sua frente foi um alerta fazendo-o se levantar rapidamente

— Ni-Ki..

— Ainda está aqui, Yongbok? Céus, que homem tolo... Hyunjin já deve ter partido – O garoto disse, fingindo desinteresse

— Ni-Ki, eu não posso deixar você, papai irá lhe infernizar o resto da vida, você sabe...

— Pouco me importa – Ni-Ki se exaltou – Acha que estou feliz podendo fazer o que gosto enquanto você parece um cadáver ambulante, uma marionete do pai? Você é ridículo, sinceramente

— Nishimura Riki – Felix disse indignado – Pare com isso, não seja ingrato, eu não vou destruir seus sonhos para viver um amor proibido!

— Dane-se o amor proibido! Eu quero que vá para o inferno! Estou me referindo à dança! Por que acha que me apaixonei pela dança? Eu via, Felix, todo santo dia você dançando escondido, e eu queria experimentar com você, não no seu lugar! Então vai embora e vive a droga da vida que deveria ser sua, seu miserável!

— Não vou! – Felix bateu o pé, como uma criança, e respirou fundo, negando com a cabeça – Não faça isso, Ni-Ki, é o seu sonho, sua criança teimosa!

Ni-Ki deu de ombros, em desdém, e adentrou o quarto, batendo a porta com força, Felix socou a madeira, grunhindo de raiva e puxou os próprios cabelos, respirando fundo.

Desistiu por fim, indo para seu quarto, se jogou na cama, encarando o relógio na parede e mordeu o lábio, logo a noite chegaria ao fim, e Hyunjin iria embora, provavelmente para sempre

Estava cansado, exausto, e então se permitiu adormecer alguns instantes, precisava de paz.

Acordou assustado, ofegante, suado, Jieun não estava, não havia mais músicas e vozes lá fora, olhou o relógio, passava das duas da manhã, levantou-se às pressas, precisava ver Hyunjin.

— Hyunjin... – Disse preocupado, saindo porta à fora, correndo pelos corredores e batendo na porta do pintor desesperadamente

Não tendo resposta, verificou a fechadura, estava aberto, rapidamente adentrou e o pânico lhe invadiu ao ver o local organizado.

A janela estava aberta e o vento balançava as cortinas, Felix respirou aliviado ao encontrar o pintor apoiado no parapeito observando a vista, sua mala ao lado

— Hyunjin – Felix chamou baixo, abraçando o rapaz por trás e inalando sua flagrância

— Chéri... – O tom aliviado de Hyunjin era notório, assim como o sorriso em seu rosto – Onde estão suas coisas?

Virou-se, para abraçar o rapaz de frente, olhando em volta, sua expressão se tornou tristonha ao não notar nenhum objeto do Lee ali